Taxista condenado por furar pneus de Uber

Decisão acontece no dia em que houve mais desacatos no Porto
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Um motorista da Uber foi esta manhã agredido no Porto, junto ao Hotel Sheraton, por taxistas. Desacatos que acontecem no mesmo dia em que o tribunal da Comarca de Lisboa condenou um taxista por furar os pneus de uma viatura da Uber.

O caso remonta a dezembro de 2015, quando a PSP deteve, em flagrante delito, um homem com cerca de 30 anos que conduzia um táxi, em Lisboa, suspeito de danificar veículos ao serviço da aplicação Uber. Segundo um comunicado da PSP da altura, foi apurado que o mesmo suspeito tinha antes furado os quatro pneus de uma outra viatura igualmente ao serviço da Uber, situação em que existiram igualmente troca de agressões.

"Aquando da sua interceção foi possível apreender um canivete que terá sido usado no cometimento do ilícito descrito", explicava a PSP, segundo informação avançada então pela agência Lusa.

Hoje, o Tribunal da Comarca de Lisboa condenou este taxista por dano simples, sentenciando-o a pagar 750 euros (correspondentes a 150 dias de multa, à razão de cinco euros por dia) e a uma indemnização de 93,04 euros ao condutor do Uber.

O conflito entre taxistas e a Uber marcou o ano passado. Em março, os taxistas entregaram uma petição à então presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, considerando que o serviço é uma "grave violação no direito europeu e nacional das regras de acesso e exercício da atividade e de concorrência". Uma outra petição pública juntou quase 12 mil assinaturas, mas no sentido contrário contrário: os subscritores pediam a Uber em Portugal.

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No verão registaram-se vários casos de confrontos.

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Esta manhã, voltou a haver desacatos. A PSP identificou quatro taxistas, acusados de agredirem dois indivíduos ao serviço da Uber, frente ao hotel Sheraton, no Porto. Um deles terá recebido assistência hospitalar.

Florêncio Almeida?, líder da Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL) realçou ao Económico que "a violência é inaceitável", devendo ser usados outros meios para combater a Uber.

Por seu lado, a Uber também condena "veementemente todos os atos de violência". "Situações como esta não são aceitáveis numa cidade portuguesa", diz representante da empresa ao DN, mostrando disponibilidade para colaborar com as autoridades. "A segurança pública surge em primeiro lugar e apoiaremos de forma incondicional todos os nossos parceiros."

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