Rui Moreira: "Não renunciei ao apoio de ninguém"
Depois de quebrada a aliança entre o PS e Rui Moreira, no que toca à sua candidatura a um novo mandato à frente da Câmara do Porto, o autarca, em declarações à TSF, fez questão de dizer que não renunciou ao apoio de ninguém.
Afirmando que o "PS queria uma coligação informal", explicou que não quer um "apoio condicionado". "Não renunciei ao apoio de ninguém", frisou.
"Se eu soubesse que que era um apoio condicionado, teria dito que não", disse Rui Moreira esta segunda-feira, acrescentando que sabe que "sem o PS vai ser mais difícil".
Manuel Pizarro, que é agora o candidato socialista ao Porto, foi o "alvo inicial de tudo", diz Moreira, porque existem pessoas que "nunca se conformaram com o apoio" dado por Pizarro ao autarca.
"Existia uma solução que a cidade do Porto queria e agora não é a mesma. António Costa não queria isto de certeza", afirmou.
Ainda sobre o PS, disse que não tem a "obrigação de apagar os incêndios no Largo do Rato". "Provavelmente achavam que o Porto podia ser domesticado, mas o Porto não é assim", frisou.
Já sobre as saídas dos vereadores Manuel Pizarro e Correia Fernandes, Rui Moreira disse que a única coisa que uma nova distribuição dos pelouros vai dar é "mais trabalho".
Ao que o DN apurou, a rutura entre Rui Moreira e o PS, no final da semana passada, ficou decidida numa reunião na passada quinta-feira, após declarações da secretária-geral adjunta do PS, Ana Catarina Mendes, que deu a entender que uma vitória de Moreira seria também uma vitória do Partido Socialista.
Já esta segunda-feira, o PS anunciou que Manuel Pizarro e Correia Fernandes entregaram os pelouros que lhes tinham sido atribuídos, justificando tratar-se de um "imperativo ético", em face "da decisão de Rui Moreira [de rejeitar o apoio do PS à sua recandidatura] e da natural decisão do PS de apresentar uma candidatura própria às eleições autárquicas".