O PCP vai levar ao Parlamento um projeto de resolução que mantém o Novo Banco no Estado. Afinal, justificou o deputado Miguel Tiago, "é no controlo público que podemos encontrar o caminho para a resolução dos problemas financeiros do país"..A bancada comunista recupera um seu projeto de fevereiro de 2016, que ficou à espera de agendamento na conferência de líderes. A "gestão do trabalho parlamentar do PCP" levou a que, só agora, o partido leve à próxima reunião da conferência dos líderes, reconheceu..A direção pública do Novo Banco defendida pelo PCP não admite outros cenários alternativos, explicou Miguel Tiago. "O PCP não rejeita as propostas que estão em cima da mesa. O PCP rejeita a possibilidade de entrega do Novo Banco a privados, seja eles quais forem", defendeu. Por dois motivos: "Já pagámos pelo Novo Banco, era o mais que faltava que agora ficassem com ele por uma bagatela", apontou o deputado comunista. E entregar o banco a privados "significaria que mais de 60% do capital bancário seria detido por grupos estrangeiros"..Miguel Tiago reconheceu que o PCP tem "profundas divergências" nesta matéria com o PS, apesar do ministro das Finanças, Mário Centeno, ter admitido em entrevista ao DN/TSF que a nacionalização do Novo Banco é uma possibilidade. O deputado comunista recordou que a posição conjunta assinada entre o PCP e o PS não "contempla nenhum aspeto sobre o sistema financeiro".