A venda do Novo Banco (NB) fica decidida até sexta-feira mas o ministro das Finanças omitiu "um problema que se arrasta há semanas" e mantém o processo num impasse, afirmou Luís Marques Mendes este domingo..O comentador da SIC, contrariando a posição expressa por Mário Centeno de que o dossier estava a correr bem, lembrou que a Comissão Europeia se opõe a que o Estado fique com 25% do capital do NB e que a tutela assumira o compromisso de vender a totalidade da sua posição..Marques Mendes admitiu que a solução final passe por Bruxelas aceitar a que o Estado se mantenha como acionista do NB mas sem direito de voto para não poder intervir na gestão do banco..A solução será legal mas politicamente difícil de explicar porque "vai gerar polémica" à esquerda e à direita, o que leva o Governo a reunir-se esta semana com os partidos para abordar o caso, adiantou o antigo ministro e ex-líder do PSD..O comentador dominical da SIC abordou ainda a situação do Montepio, dizendo não ver riscos de ocorrer o mesmo que no BES..Neste caso, argumentou, não existem financiamentos do banco à Associação Mutualista, já foi feita a separação da gestão entre as duas instituições e dos produtos que cada uma vende..Acresce que o banco também vai mudar de nome, para evitar confusões, além de passar a sociedade anónima, permitindo assim a entrada de novos acionistas quando for necessário mais capital e a Associação Mutualista não o conseguir realizar..Marques Mendes elogiou ainda a redução do défice de 2,1% como "uma vitória do Governo", que "há um ano atrás ninguém considerava possível". Por outro lado, também houve "ajuda da oposição" por ter alimentado a expectativa de que o Executivo não iria alcançar aquele objetivo.