Governo prepara rede de abastecimento de veículos elétricos "robusta"

Vão ser instalados carregadores rápidos nas áreas de serviço das autoestradas, garantiu João Pedro Matos Fernandes
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O ministro do Ambiente destacou hoje que o Governo está a criar uma rede nacional de abastecimento de veículos elétricos "robusta e tecnologicamente atualizada" e continua "a dar benefícios fiscais" para incentivar a aquisição daquelas viaturas.

"Ficámos para trás porque, durante quatro anos, nada foi feito. Antes de agosto, começarão a ser instalados os carregadores rápidos nas áreas de serviço das autoestradas e foi tomada a decisão de alargar a rede de carregamento de veículos elétricos a todo o país", disse João Pedro Matos Fernandes, à margem da apresentação da estratégia de sustentabilidade ambiental da Portugal Telecom (PT), no Porto.

O ministro disse que o anterior governo "nada fez nesta matéria" e frisou que, "do lado público, o trabalho necessário é garantir que há uma rede de abastecimento de veículos elétricos robusta e tecnologicamente atualizada no país todo", bem como "continuar a dar os benefícios fiscais necessários para motivar a aquisição de veículos elétricos".

"Portugal tem o compromisso de reduzir entre 30 a 40% dos gases que provocam efeitos de estufa até 2030. Boa parte dessa emissão vem do setor dos transportes. O Estado e o Governo têm de estar muito comprometidos a promover, nas cidades, o transporte coletivo, e, fora delas, uma rede de mobilidade elétrica, criando uma rede de infraestrutura de suporte", esclareceu Matos Fernandes.

De acordo com o governante, "o anterior governo (PSD/CDS) não fez nada nessa matéria" e "toda a dinâmica que vinha do anterior governo socialista, de tentar tudo fazer para colocar Portugal na vanguarda, perdeu-se".

"A mobilidade elétrica vai representar cada vez mais uma fatia mais importante da mobilidade em Portugal e não só. Temos de estar à altura deste desafio", frisou.

Relativamente à estratégia de sustentabilidade ambiental da PT, o ministro destacou o facto de não se tratar de "um ato isolado", mas de "um projeto dentro da estratégia de desenvolvimento" da empresa.

De acordo com o ministro, "o ambiente em Portugal melhorará significativamente se se construir as parcerias certas", pelo que as empresas têm, atualmente, "um papel fundamental".

O ministro desafiou a PT a "fazer um projeto consistente" na área da "economia circular" porque "é da maior importância que, todos os materiais, independentemente do tempo de vida que tenham, possam reintegrar a cadeia produtiva".

Atualmente, explicou Matos Fernandes, "vivemos numa economia absolutamente linear", porque os produtos consumidos têm, "muitas vezes, uma vida muito curta e resultam em desperdício".

Alexandre Fonseca, diretor chefe de Tecnologia (Chief Technology Officer) da PT, assinalou que é possível "melhorar a eficiência energética de forma rentável".

Com a substituição das lâmpadas tradicionais por lâmpadas 'led', a PT conseguiu, olhando apenas para um dos pisos do seu edifício-sede, em Lisboa, "quatro milhões de euros anuais de poupança".

Com o plano de médio-longo prazo, a PT espera conseguir, entre outras coisas, "reduzir em mais de 850 toneladas a pegada de carbono", o equivalente a "tirar 500 automóveis de circulação" ou a "plantar seis mil árvores adultas".

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