Os estudos em curso sobre a adaptação da base do Montijo ao tráfego aéreo civil admitem a sua coexistência com o Campo de Tiro de Alcochete, disse esta quarta-feira o ministro da Defesa.
Azeredo Lopes falava na comissão parlamentar de Defesa, onde foi questionado sobre a solução que poderá implicar a saída da Força Aérea das infraestruturas no Montijo.
"Não contesto nem me cabe contestar o interesse nacional" de haver um aeroporto complementar onde está a base aérea do Montijo, mas isso "tem de ser harmonizado" com os interesses da Força Aérea e da Defesa Nacional, sublinhou o ministro aos deputados.
Aos jornalistas, o governante adiantou que esses estudos contemplam alterações na direção da pista de aterragem do Campo de Tiro de Alcochete, a fim de não conflituar com as descolagens e aterragens na que existe no Montijo e será complementar do aeroporto da Portela.
O ministro da Defesa assegurou ainda que desconhece quaisquer valores de custos associados ao processo, como os já avançados 400 milhões de euros no caso de a Força Aérea ter de abandonar o Montijo.
A solução Portela+1 é uma alternativa à construção do novo aeroporto de Lisboa, cuja construção de raiz está estimada em mais de três mil milhões de euros e assim fica adiada por várias décadas, segundo fontes parlamentares e governamentais ouvidas pelo DN.
Os estudos nesta fase ainda são preliminares e ainda não existe o de impacto ambiental, que se prevê durar mais de um ano, adiantou uma das fontes.