Travada revolta militar na Venezuela. Governo fala em terrorismo
"Situação irregular" e "ataque terrorista". Foi assim que o deputado Diosdado Cabello, braço-direito do presidente Nicólas Maduro, descreveu aquilo que terá sido uma tentativa de revolta militar, hoje, na base de Paramacay, na cidade de Valencia. Segundo fontes militares, um homem morreu e outro ficou ferido com gravidade durante o assalto desta manhã à 41.ª brigada de blindados.
Esta manhã começou a circular um vídeo que mostrava um grupo de homens de uniforme militar empunhando armas de assalto que dizia estar a lançar uma revolta contra o presidente Nicólas Maduro. Testemunhas dizem ter ouvido tiros durante a noite, avança a Reuters.
O deputado do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), no Governo referiu-se ao incidente como um "ataque terrorista".
Horas depois, o mesmo Diosdado Cabello anunciou que a "situação irregular" estava resolvida e que vários "terroristas" haviam sido detidos.
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No vídeo, os militares insurgentes intitulam-se 41.ª Brigada e anunciam a sua intenção. "Isto não é um golpe de Estado, mas uma ação militar e civil para restabelecer a ordem constitucional", diz um deles, que se apresenta como Juan Caguaripano e "Comandante da Operação David Carabobo". O porta-voz do grupo declara que se trata de "uma rebelião" contra "a tirania assassina de Nicolás Maduro".
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O chefe do comando estratégico operacional da Força Armada nacional bolivariana (CEO-FANB), almirante Remigio Ceballos, indicou que dos cerca de 20 homens que tentaram apoderar-se do Forte Paramacay, sete foram capturadas e "estão a fornecer informações".
O ministro da Defesa, general Vladimir Padrino, reagiu a este incidente com uma mensagem na rede social 'Twitter': "Não puderam com a FANB, com a sua moral nem com a sua consciência constitucional; agora pretendem agredi-la com ataques terroristas. Não conseguirão", registou.