Vaticano anuncia ajuda de 460 mil euros para o Sudão do Sul

O papa Francisco atribuiu uma ajuda de 460 mil euros ao Sudão do Sul para financiar dois hospitais e uma escola naquele país afetado por uma guerra civil e pelo flagelo da fome, divulgou hoje o Vaticano.
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A verba também será utilizada para adquirir equipamentos agrícolas, segundo a Santa Sé.

Em outubro passado, Francisco manifestou a intenção de visitar o Sudão do Sul, o país mais jovem do mundo após a separação do Sudão em 2011, para chamar à atenção do mundo para a realidade em que vivem os sul-sudaneses, mas a deslocação seria cancelada.

O cardeal ganês Peter Turkson, presidente do Conselho Pontifício da Justiça e Paz (organismo dedicado a temáticas como os refugiados e a promoção da paz), afirmou hoje que esta ajuda pretende mostrar a solidariedade pessoal do papa Francisco para com o povo sul-sudanês.

O montante atribuído pelo pontífice vai financiar em concreto dois hospitais administrados pelas irmãs missionárias Combonianas, uma escola primária dirigida pelo grupo humanitário "Solidariedade com o Sudão do Sul" e um projeto agrícola liderado pela Caritas Vaticano.

O Sudão do Sul está envolvido num conflito civil desde 2013, depois do Presidente sul-sudanês, Salva Kiir, ter acusado o líder rebelde e ex-vice-Presidente Riek Machar de planear um golpe de Estado.

O conflito já fez, desde dezembro de 2013, dezenas de milhares de mortos e cerca de 2,5 milhões de deslocados.

O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) diz que desde o início do conflito civil cerca de 330 mil refugiados sul-sudaneses chegaram ao Sudão.

Em fevereiro passado, o país declarou fome em algumas das suas regiões, afirmando na altura que 100 mil pessoas enfrentavam esta situação e que outro milhão estava à beira deste flagelo.

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