Vendas de vestuário e têxteis para o lar vão cair 5% em este ano

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As vendas a retalho de vestuário e de têxteis para o lar vão, este ano,

cair 5% em Portugal. Uma quebra que se segue à perda de 6,2% do volume

de negócios em 2012, para um total de 3.535 milhões de euros. Os dados

são do estudo da Informa D&B sobre este setor e que justifica a

perda de negócios com a diminuição dos gastos das famílias, com o

elevado nível de desemprego e com a incerteza económicas, fatores que,

associados, "continuarão a penalizar as vendas a curto prazo".

A

nível ibérico, o mercado valeu, em 2012, quase 21 mil milhões de euros,

menos 3,6% do que no ano anterior. As previsões de quebra para este

ano são de 3,5% no conjunto do mercado ibérico.

O estudo da Informa D&B, hoje divulgado, dá ainda a saber que foram os estabelecimentos independentes os que "menor capacidade" tiveram para fazer frente à conjuntura negativa e que, por isso, perderam 6,1% no total do mercado ibérico, sendo que, em Portugal, a quebra é, ainda, mais significativa: menos 12,1%.

A meio caminho ficaram os grandes armazéns, os hipermercados e os supermercados, cujas vendas de produtos têxteis regrediram 4,2% no mercado ibérico, e 6,9% em Portugal.

Menos afetadas foram as cadeias especializadas, "impulsionadas pela expansão das cadeias low cost e pelo bom comportamento das vendas em estabelecimentos outlet", que perderam, apenas, 1,8% de volume de negócios em Portugal e 2% na soma dos dois países. Diz a Informa B&D que estas cadeias foram favorecidas pela "mudança de hábitos de consumo" e, também, pela sua "maior capacidade para oferecer novidades a menor preço".

Com a crise assiste-se, ainda, a uma "tendência gradual de concentração da oferta", com o desaparecimento de 13 mil unidades em Espanha entre 2006 e 2012 e de duas mil empresas em Portugal. No final do ano passado, operavam no mercado ibérico cerca de 75 mil pontos de venda especializados no comércio retalhista de vestuário e de têxteis para o lar, 80% dos quais se localizavam em Espanha.

Catalunha, Andaluzia e Madrid representam quase metade do número total de estabelecimentos em Espanha, enquanto, em Portugal, a zona Norte é a região de maior predominância deste negócio, com uma participação de 36%, seguida das zonas de Lisboa e Centro.

"Os cinco principais operadores do mercado ibérico representaram de forma agregada 46% do valor total do mercado em 2012. A concentração é maior no mercado espanhol, no qual as cinco principais empresas geraram 48% das vendas face aos 32,2% registados pelos cinco principais operadores portugueses", acrescenta, ainda, a Informa D&B.

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