Urgências afetadas pelo incremento dos casos de gripe e outros vírus respiratórios
Urgências afetadas pelo incremento dos casos de gripe e outros vírus respiratóriosLeonel de Castro / Global Imagens

Tempo de espera nas urgências supera as 6 horas após se registar períodos de espera de 10 horas durante a manhã

As situações mais preocupantes registam-se no Hospital Gracia de Orta, em Almada, onde o tempo médio de espera é de 5.41 horas para os casos urgentes, seguido do Amadora-Sintra, com tempos médios de espera de 4.44 horas.
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Os tempos médios de espera nos principais hospitais do país atingiam às 14.40 deste sábado as 6.20 horas, de acordo com a plataforma do Serviço Nacional de Saúde que monitoriza a prestação de cuidados de saúde. Durante a manhã os tempos médios de espera chegaram a atingir as 10 horas, para os doentes urgentes.

Na primeira semana de 2025, registaram mais de mil casos de gripe e o pico ainda não foi atingido, com os serviços dos hospitais a sofrerem uma corrida às urgências.

Em Lisboa, no maior hospital do país, o Santa Maria, a situação está controlada. O tempo de médio de espera para atendimento nas urgências é de 45 minutos para os casos urgentes (pulseira amarela) e de duas horas para os casos menos urgentes (pulseira verde). No Hospital de São José a situação não é muito diferente: 1.02 hora de espera para os casos urgentes e 2.09 horas para os casos menos urgentes.

No entanto, a situação complica-se no Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, também conhecido por Amadora-Sintra, que apresenta tempos médios de espera de 4.44 horas para utentes com pulseira amarela e 3.12 para quem tem pulseira verde. No caso dos utentes não urgentes o tempo médio de espera é de cerca de seis horas.

Em Almada, no Hospital Gracia de Orta, o tempo médio de espera é de 5.41 horas para os casos urgentes e de 37 minutos para os doentes menos urgentes. Já o hospital Beatriz Ângelo, em Loures, apresenta um tempo médio de espera de uma hora para os casos urgentes e de 37 minutos para os casos muito urgentes (pulseira laranja).

No Porto, o Centro Hospitalar de São João está com um tempo médio de espera acima das duas horas para quem tem a pulseira laranja. Para os utentes com pulseira verde, o tempo de espera é de quase quatro horas. Nas urgências de pediatria, as crianças com pulseira amarela têm de esperar, em média, 1.15 horas e as que têm pulseira verde 1.17.

Já no hospital Padre Américo - Vale Sousa, em Penafiel, o tempo médio de espera é de 1.15 horas para os casos urgentes.

Na região do Algarve, o hospital de Portimão, que durante a manhã chegou a registar um tempo de espera superior a cinco horas, apresentava às 14.40 um período médio de espera de cerca de uma hora para os casos urgentes. Os casos mais urgentes têm de aguardar 36 minutos, em média, até ao atendimento, e os casos menos urgentes 45 minutos.

Durante este sábado, estão abertos apenas 146 serviços de urgências do SNS, incluindo 16 urgências de obstetrícia e ginecologia, em todo o território continental. Há casos de serviços que apenas recebem doentes referenciados e encaminhados pela linha SNS 24, como o hospital de Beja e o serviço de urgência pediátrica do Amadora-Sintra.

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