Não, a NASA não mudou os signos do Zodíaco

A NASA lembra que "os astrónomos e outros cientistas sabem que as estrelas a anos-luz não tem efeito nas atividades diárias dos humanos na Terra"
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"Aqui na NASA, estudamos astronomia, não astrologia. Não mudámos os signos do zodíaco, só fizemos as contas." Em primeiro lugar, porque não credita neles. Foi assim que a agência espacial norte-americana tentou deixar bem claro que não alargou o seu campo de estudos, nem criou o 13.º signo, correspondente à constelação de Ofiúco.

A confusão começou quando uma publicação no blogue da NASA chamou a atenção para o facto de as contas dos antigos astrólogos da Babilónia terem ultrapassadas pela forma como, ao longo dos milénios, a Terra oscilou no seu eixo, mudando a perspetiva que temos das estrelas. "Quando os babilónios inventaram os 12 signos do zodíaco, um aniversário entre 23 de julho e 22 de agosto significava ter nascido sob o signo da constelação Leão. Agora, três mil anos depois, o céu mudou porque o eixo da terra não aponta exatamente na mesma direção." E Ofiúco, que os babilónio ignoraram, até passa mais tempo "ao sol".

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A NASA lembra ainda que como as constelações têm diferentes tamanhos e feitios (são grupos de estrelas que estão afastados no espaço e o que lhe deu coerência foi aparecerem perto uma das outras à vista humana e a vontade de organizar o céu e contar histórias). Assim, o sol passa diferentes quantidades de tempo alinhado com estas, 45 dias em Vigem, por exemplo, e apenas 7 em Escorpião.

A notícia, no entanto, alarmou os que acreditam em astrologia, com muita gente a ligar a astrólogos a perguntar se o seu signo tinha mudado, na sequência de notícias sobre isto ao longo dos anos - desde 2011 pelo menos.

Há pessoas a contactar astrólogos a dizer "por favor não me diga que sou caranguejo" ou outras coisas do mesmo género, contou Shelley Ackerman, da Federação Americana de Astrólogos, ao jornal Guardian, culpando a internet por "este mito".

A NASA, por outro lado, salienta que não mudou os signos, mas que "os astrónomos e outros cientistas sabem que as estrelas a anos-luz não tem efeito nas atividades diárias dos humanos na Terra".

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