Dois bombeiros ficaram feridos no combate ao incêndio de grandes dimensões que está a consumir uma fábrica de tintas e diluentes em São Cosme, Gondomar, no distrito do Porto. No local estão 214 bombeiros apoiados por 69 viaturas..Em declarações aos jornalistas no local, o comandante dos bombeiros de Gondomar, Fernando Tavares, especificou que um dos feridos é "uma bombeira que sofreu uma crise convulsiva"..À Lusa, o autarca Marco Martins disse que o incêndio está a ficar dominado e as pessoas já tiveram ordem de regressar a casa.."O incêndio está confinado fisicamente, está a ficar dominado, mas ainda há muitas horas de trabalho pela frente", afirmou..Questionado sobre a situação dos moradores de 15 habitações nas redondezas da fábrica que tiveram de ser retirados por questões de segurança, o autarca adiantou que já foram autorizados a regressar a casa..O presidente da Câmara de Gondomar concluiu dizendo que o incêndio está a evoluir favoravelmente e que o reforço dos operacionais no combate às chamas foi decisivo para esta evolução favorável..Aos jornalistas, o comandante dos bombeiros de Gondomar, Fernando Tavares, disse que "será uma longa noite para os bombeiros porque há um risco de haver uma nova ignição"..Contudo, garantiu que "as pessoas podem regressar a casa em segurança", pedindo-lhe que abram portas e janelas dos locais para que o ar possa circular..Pelas 22:20 estavam no combate ao incêndio 214 operacionais, apoiados por 69 veículos, de acordo com a página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil..Quando os bombeiros chegaram ao local, o incêndio, que se iniciou cerca das 17:40, já havia tomado "todo o espaço da fábrica" e o esforço dos bombeiros centrava-se em evitar que as chamas atingissem "os silos de combustível"..Os bombeiros mandaram retirar as pessoas de todas as casas no perímetro de cinco quilómetros. "Foi mandado evacuar todas as casas num perímetro de cinco quilómetros porque há o perigo do incêndio chegar aos silos, que pensamos conter glicerina e pode haver explosões", relatou o adjunto do comando dos Bombeiros de Valbom, Manuel Viana, tendo "pedido o reforço de meios"..Num primeiro balanço ao incêndio que deflagrou pelas 17:40 na fábrica da Sociedade Portuense de Drogas, em São Cosme, no distrito do Porto, o autarca Marco Martins manifestou-se convicto de que o maior perigo está afastado.."Neste momento, nem a fábrica nem os silos onde estão armazenados os produtos que são usados como matéria-prima e que são, obviamente, inflamáveis, estão afetados. O esforço feito foi para controlar essa exposição", assinalou o presidente da Câmara de Gondomar..Informando que à chegada dos bombeiros "um armazém já estava tomado pelas chamas e que, neste momento (cerca das 20:00), há três armazéns tomados pelas chamas", Marco Martins sublinhou que o incêndio, por agora, se circunscreve a esses três equipamentos..O autarca revelou ainda que a "fábrica não estava a laborar" e que não há "registo de feridos".."Confinar o fogo aos armazéns vai demorar algumas horas", disse ainda, admitindo contudo que o "risco de explosão continua"..Sobre o que estará na origem do incêndio, admitiu que as "explosões num armazém" possam ser a causa, mas considerou que "ainda é prematuro" estar a avançar com causas.