Lula critica racismo contra filhos de atriz brasileira em Portugal

Ex-presidente brasileiro Lula da Silva foi um dos muitos que mostrou apoio a Giovanna Ewbank.
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Várias figuras públicas, entre as quais o ex-presidente brasileiro Lula da Silva, mostraram apoio à atriz brasileira Giovanna Ewbank, que está de férias em Portugal e acusou uma mulher que se encontrava no sábado no restaurante de praia Clássico Beach Club, na Costa de Caparica, de racismo contra os seus dois filhos.

"Nenhuma mãe ou pai merece ver seus filhos sendo vítimas de xingamentos racistas. Minha solidariedade a Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso, sua família e também aos turistas angolanos que sofreram ataques racistas ontem. Vamos construir um mundo sem racismo", escreveu Lula no Twitter.

No Instagram, a também atriz brasileira Bruna Marquezine declarou apoio à família e falou sobre a reação de Giovanna Ewbank, que chamou a mulher que insultou os filhos de "racista nojenta", conforme é possível ouvir num vídeo que circula nas redes sociais. "E ainda foi educada... Perfeita. Leoa. Mãezona! Te amo, Gio. Fogo nos racistas. Nojentos. Não passarão", escreveu.

A escritora Eliana Alves Cruz, autora de romances como Água de Barrela e O Crime do Cais do Valongo, manifestou-se no Twitter. "Eu queria poder gritar na cara de um monte de gente o que a Giovanna Ewbank muito bem cuspiu na cara daquela mulher, com a certeza de que no final não seria eu a acusada de algum crime. Deve ser delicioso não precisar ser estratégica o tempo todo e simplesmente ex-plo-dir. E, cara gente branca, é assim que se faz luta antirracista. Com aquele grau ali de indignação", pode ler-se.

Também a jornalista e humorista Maíra Azevedo, conhecida como "Tia Má", escreveu sobre o caso no Twitter: "O posicionamento de Giovanna foi possível por ela ser uma mulher branca, e ela sabe disso! Ter ciência dos privilégios é saber usar quando é necessário! Uma mulher preta, mãe de crianças pretas teria sua denúncia relativizada! Que racistas sejam sempre tratados como racistas!"

Outra figura pública que manifestou apoio a Giovanna Ewbank foi o influencer Felipe Neto. "Racista se trata na porrada ou na humilhação pública. Não há outro caminho. Parabéns, Gioh. Serei sempre seu fã", escreveu no Twitter.

O caso aconteceu no sábado. A mulher que insultou os filhos de Giovanna Ewbank foi levada de seguida para a esquadra, segundo a assessoria de imprensa da atriz, que estava acompanhada do marido, o também ator Bruno Gagliasso.

De acordo com o portal brasileiro Metrópoles, várias pessoas que estavam no local revelaram que a mulher terá dito a Ewbank para "tirar aqueles pretos imundos dali", referindo-se aos filhos da atriz. Ewbank, ao ouvir as ofensas contra os filhos, terá respondido que a mulher merecia levar na cara.

Após o vídeo tornar-se viral nas redes sociais, várias pessoas lamentaram o sucedido e apoiaram a atriz.

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Numa nota publicada nas redes sociais, a Trigo Casa de Comunicação, assessoria de imprensa do casal de artistas, confirmou toda a situação e emitiu um comunicado.

"Comunicamos que os filhos do casal Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso foram vítimas de racismo no restaurante Clássico Beach Club, na Costa de Caparica, em Portugal, neste sábado, dia 30 de julho, onde a família passa férias.

Uma mulher branca, que passava na frente do restaurante, xingou, deliberadamente, não só Títi e Bless, mas também uma família de turistas angolanos que estavam no local - cerca de 15 pessoas negras. A criminosa pedia que eles saíssem do restaurante e voltassem para a África, entre outros absurdos proferidos às crianças, tais quais 'pretos imundos'.

Confirmamos, conforme vídeos que já circulam no Brasil, que Giovanna reagiu e enfrentou a mulher, enquanto Bruno Gagliasso, o seu marido, chamou a polícia. A mulher foi levada escoltada e presa. Informamos ainda que Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank prestarão queixa contra a racista formalmente na delegacia portuguesa.

A Trigo Casa de Comunicação lamenta as agressões sofridas por Títi, Bless e os turistas angolanos e apoia integralmente as ações tomadas por Giovanna e Bruno. Racismo é crime".

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