Ministra da Administração Interna disse, em entrevista à RTP 3, esta quarta-feira, que preferiu ficar no cargo "e resolver problemas" e admitiu abertura do inquérito aos acontecimentos..Para a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, "é prematuro dizer que o estado falhou" na abordagem à estratégia de Pedrógão Grande.."O mais fácil para um politico era demitir-se perante uma dificuldade. Eu optei por continuar a minha missão de serviço público, dar a cara, focada em resolver problemas. Demitir-me seria uma atitude cobarde e eu não sou cobarde", defendeu a ministra, confessando que nunca ninguém está preparado para uma tragédia como esta, "o pior momento" por que passou na vida..Constança Urbano de Sousa espera agora pelo filme dos acontecimentos para avaliar o que fazer a seguir. "A fita do tempo é que vai dizer, quem fez o quê e o que falhou, não não excluiu que possa haver um inquérito. Preciso ter dados, que ainda não disponho, para saber se tenho matéria para abrir um inquérito", explicou a governante, revelando, que já foi aberto um inquérito pela própria GNR para saber o que falhou na estrada EN 236. A via não foi cortada e acabou por a via utilizada por muitas pessoas para fugir ao fogo, mas acabaram surpreendidas pelas chamas e morrer na estrada. Uma situação, que lhe causa, "alguma perplexidade"..A ministra da Administração Interna, admitiu que pode ter havido "uma subvalorização na avaliação". E quando questionada se os acontecimentos trágicos de Pedrógão Grande vão fazer com que o Governo altere a estratégia de combate aos incêndios este verão, a ministra defendeu, que "a estratégia que estava prevista para o verão já teve algum reforço de operacionais"..E, embora admita que "há mais a fazer na área da prevenção", Constança Urbano de Sousa, lembrou que o investimento no combate tem aumentado: "Em 2015, gastou-se no combate 63 milhões de euros, em 2016, 72 milhões e em 2017 temos previstos 76 milhões.".Quanto à origem do incêndio, Constança Urbano de Sousa considerou que "é leviano" dizer que o o incêndio teve mão criminosa, como aventou, Jaime Marta Soares, da Liga portuguesa dos Bombeiros..O incêndio que deflagrou no sábado à tarde em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, e foi dado como dominado na tarde desta quarta-feira, tendo provocado pelo menos 64 mortos e mais de 200 feridos.