Bombeiros trabalham dia e noite para apagar os incêndios.
Bombeiros trabalham dia e noite para apagar os incêndios.Foto: Pedro Sarmento Costa / Lusa

Incêndios. Chamas em rescaldo perto de povoações evacuadas em Pedrógão Grande

ATUALIZADA Dois fogos em freguesias diferentes começaram com uma hora de intervalo a uma distância muito curta, informou a Proteção Civil.
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Os incêndios que deflagram este sábado, 23 de agosto, em Pedrógão Grande estão a ser combatidos como tratando-se de “um só”, devido à sua proximidade, e as chamas estão afastadas das povoações evacuadas, rumando em direção ao Zêzere, informou fonte da proteção civil.

“Na parte dos dois incêndios que estava encostada às localidades, a situação já está resolvida, estamos a consolidar rescaldo, agora existe uma frente extensa em direção ao rio Zêzere”, disse à Lusa o segundo comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil de Leiria, Ricardo Costa.

O combate a esta frente que consome floresta “é onde incidem os trabalhos durante a noite, que neste momento estão a decorrer favoravelmente”, acrescentou.

O mesmo responsável avançou que os dois incêndios das freguesias de Pedrógão Grande e da Graça, no mesmo concelho do distrito de Leiria, “estão mais menos do mesmo tamanho” e, “como são muito próximos”, estão a ser geridos “como se fosse um único incêndio”.

O comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil de Leiria, Carlos Guerra, afirmou à Lusa que os dois incêndios surgiram com a diferença de cerca de uma hora numa curta distância um do outro, tendo causado projeções que atingiram o concelho vizinho da Sertã, no distrito de Castelo Branco.

O segundo comandante sub-regional confirmou que o incêndio do lado da Sertã “está consolidado”.

As chamas que começaram durante a tarde em São Vicente, na freguesia de Pedrógão Grande, pelas 22:40 mobilizavam 922 operacionais e 292 veículos, agrupando os meios humanos e terrestres do sinistro que deflagrou na Graça.

Segundo a página da internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), pelas 18:50 estavam no incêndio da freguesia de Pedrógão 663 operacionais, apoiados por 192 viaturas e 18 meios aéreos, e na Graça estavam 183 operacionais, apoiados por 47 veículos e dois meios aéreos.

Segundo Ricardo Costa, “as povoações estão em segurança” e “partes do” Itinerário Complementar (IC) 8 e da Estrada Nacional (EN) 2 estão “temporariamente cortadas”.

Segundo fonte do Comando Territorial da GNR de Leiria, por precaução foram evacuadas as aldeias de Marroquil, Torneira, Romão, Agria e Sobreiro, na freguesia de Pedrógão Grande, e os moradores foram encaminhados para Derreada Cimeira.

Com estes dois incêndios, a população de Pedrógão Grande voltou hoje a ser surpreendida pelas chamas, oito anos depois dos grandes fogos que atingiram aquele concelho.

Os incêndios que deflagraram em 17 junho de 2017 em Pedrógão Grande e que alastraram a concelhos vizinhos provocaram a morte de 66 pessoas, além de ferimentos a 253 populares, sete dos quais graves. Os fogos destruíram cerca de meio milhar de casas e 50 empresas.

Notícia atualizada às 23h19 de sábado, 23 de agosto. Em baixo, a versão anterior desta notícia.

Os dois fogos que estão este sábado, 23 de agosto, a consumir floresta em Pedrógão Grande já atingiram o concelho da Sertã, estando a ser empenhados vários meios nos dois territórios para combater o incêndio, disse à Lusa a Proteção Civil.

Os incêndios levaram já à evacuação de cinco aldeias, informou à Lusa fonte da Guarda Nacional Republicana.

Segundo fonte do Comando Territorial da GNR de Leiria, estão a ser evacuadas as aldeias de Marroquil, Torneira, Romão, Agria e Sobreiro, na freguesia de Pedrógão Grande.

Frequentadora habitual da casa da avó materna em Pedrógão Grande, Susana Nunes, residente em Lisboa, contou à Lusa que hoje, poucos minutos antes de o segundo incêndio deflagrar, na zona da freguesia da Graça, algumas pessoas “ouviram estrondos”.

“Estava no Casal da Marinha, próximo da Graça, e ouvi um grande estrondo para os lados do rio. Pensei que fosse alguma bilha de gás a rebentar. Quando me dirigi para a minha casa, para colocar o sistema de rega automática a funcionar como proteção da casa, ouvi pequenos estrondos, uns a seguir aos outros. Pareciam tiros”, revelou.

Susana Nunes acrescentou que logo a seguir ao barulho escutado, ao olhar para a zona dos Cabeços, viu “pequenas fumarolas na mata, espaçadas cerca de 150 metros”.

“Fiquei com a sensação de que poderiam ser engenhos colocados no lugar. Há cerca de uma semana, deflagrou um incêndio pelas 04:00, que não tomou proporções maiores porque a minha vizinha chamou de imediato os bombeiros. É mais uma tentativa de fogo posto”, alvitrou.

Os dois incêndios também levaram ao corte do itinerário complementar 8, entre Pedrógão Grande e Pedrógão Pequeno, e da Estrada Nacional 2, bem como de outras estradas secundárias, disse à Lusa fonte da GNR.

Segundo a página da internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, pelas 18:50 estavam no primeiro incêndio 663 operacionais, apoiados por 192 viaturas e 18 meios aéreos.

No segundo incêndio, no mesmo concelho de Pedrógão Grande, na freguesia da Graça, estavam 183 operacionais, apoiados por 47 veículos e dois meios aéreos.

Com estes dois incêndios, a população de Pedrógão Grande voltou hoje a ser surpreendida pelas chamas, oito anos depois dos grandes fogos que atingiram aquele concelho.

Os incêndios que deflagraram em 17 junho de 2017 em Pedrógão Grande e que alastraram a concelhos vizinhos provocaram a morte de 66 pessoas, além de ferimentos a 253 populares, sete dos quais graves. Os fogos destruíram cerca de meio milhar de casas e 50 empresas.

O comandante Sub-regional de Emergência e Proteção Civil de Leiria, Carlos Guerra, disse à Lusa que os dois incêndios nas freguesias de Pedrógão Grande e da Graça (do concelho de Pedrógão Grande), surgiram com a diferença de cerca de uma hora e que a distância um do outro é muito curta, tendo causado projeções que já atingiram o concelho vizinho da Sertã, no distrito de Castelo Branco.

“Nas operações de combate estão todos os meios disponíveis na zona e as dificuldades são acrescidas devido ao vento. O segundo incêndio obrigou-nos a separar os meios no teatro de operações e a reposicioná-los”, afirmou o comandante.

Carlos Guerra revelou ainda que estão a ser desviados os meios do incêndio com início em Piódão, no concelho de Arganil, distrito de Coimbra, para Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, e a projeção na Sertã levou também a que os meios do Comando Sub-regional de Emergência e Proteção Civil da Beira Baixa fossem para o local [da projeção].

“Quem conhece este território [Pedrogão Grande] sabe que os incêndios oferecem risco à população, uma vez que há sempre povoações e casas isoladas e dispersas. A nossa preocupação é sempre a proteção de pessoas e bens”, sublinhou, confirmando que existem “habitações na linha de fogo”.

Os dois incêndios que deflagraram hoje à tarde em Pedrógão Grande, já levaram ao corte do Itinerário Complementar 8, entre Pedrógão Grande e Pedrógão Pequeno, e da Estrada Nacional 2, bem como de outras estradas secundárias, disse à Lusa fonte da Guarda Nacional Republicana.

Segundo a página da internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, pelas 17h05, estavam no primeiro incêndio 391 operacionais, apoiados por 100 viaturas e 17 meios aéreos.

No segundo incêndio, no mesmo concelho de Pedrógão Grande, na freguesia da Graça, estão 191 operacionais, apoiados por 51 veículos e três meios aéreos.

Com estes dois incêndios, a população de Pedrógão Grande voltou este sábado a ser surpreendida pelas chamas, oito anos depois dos grandes fogos que atingiram aquele concelho.

Os incêndios que deflagraram em 17 junho de 2017 em Pedrógão Grande e que alastraram a concelhos vizinhos provocaram a morte de 66 pessoas, além de ferimentos a 253 populares, sete dos quais graves. Os fogos destruíram cerca de meio milhar de casas e 50 empresas.

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