Fesinap: Último dia da greve na função pública com adesão entre 60% e 90%

A greve nacional convocada pela Fesinap, teve o objetivo de reivindicar os aumentos salariais e implementação do cartão refeição de 9,60 euros diários.
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O último dia de greve dos trabalhadores da administração pública contou com uma adesão entre 60%, no setor da saúde, e de 90% dos trabalhadores da educação não docentes, segundo um comunicado da Fesinap.

Esta sexta-feira, a Federação Nacional de Sindicatos Independentes da Administração Pública (Fesinap) falou numa "adesão massiva das trabalhadoras e dos trabalhadores não docentes", ou seja, auxiliares de ação educativa e da área administrativa, com um impacto nacional, que "superou os 90% de participação, excluindo as regiões autónomas".

"Foi, é bem visível por todo o país as centenas e centenas de escolas que encerraram, das secundárias aos jardins-de-infância", assegurou.

Por outro lado, indicou, "os dados globais do setor da saúde, ainda que menores, na ordem dos 60% de participação a nível nacional, não deixam ser animadores, demonstrativos da enorme insatisfação que reina no seio dos trabalhadores do SNS", destacando os auxiliares de ação médica.

A Fesinap disse ainda que "tem consciência que a adesão à greve de outros setores - Serviços de Finanças e Segurança Social - ficou abaixo do expectável, esperando que em próximas paralisações haja uma resposta mais forte, ao nível da que foi dada pelo pessoal não docente".

A Federação condenou ainda "as restrições que foram colocadas à última hora por direções hospitalares, impedindo que enfermeiros e auxiliares de ação médica, nomeadamente, exercessem o legítimo direito à greve".

A Fesinap convocou uma greve nacional, reivindicando aumentos salariais e implementação do cartão refeição de 9,60 euros diários.

"O Governo não pode continuar a tratar os trabalhadores com 'esmolas', quando todas as carreiras necessitam de uma revisão de alto a baixo, a começar pela indexação do salário às funções efetivamente exercidas pelos trabalhadores e não pela categoria de que são detentores", defende a federação sindical.

Segundo o pré-aviso de greve, a paralisação ocorreu entre 07 e 09 de junho, entre as 00:00 e as 24:00 e abrangeu os trabalhadores vinculados ao regime de emprego público ou laboral comum.

Em comunicado, a Fesinap esclareceu que a greve é de âmbito nacional e abrange "todos os trabalhadores da administração pública", incluindo os trabalhadores dos hospitais EPE (entidade pública empresarial).

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