Avião da Força Aérea Portuguesa.
Avião da Força Aérea Portuguesa.Nuno Brites

Emergência Médica: helicópteros da Força Aérea iniciam hoje funções

A operação do Serviço de Helicópteros de Emergência Médica (SHEM) vai ser garantida através de quatro helicópteros e de equipas médicas da Força Aérea Portugesa.
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A partir desta terça-feira, 1 de julho, a Força Aérea Portugesa (FAP) iniciou o transporte de emergência médica com quatro helicópteros, que estão disponíveis 24 horas por dia. Esta é uma operação transitória que envolve ainda dois aparelhos da empresa Gulf Med, que só estão operacionais durante o dia.

O papel da FAP no transporte de emergência médica foi anunciado na quinta-feira passada, após o Conselho de Ministros - e praticamente um ano depois de esta solução já ter sido alvitrada pela ministra da tutela, Ana Paula Martins. Recorde-se que o INEM tem estado sob fogo cerrado nos últimos meses, devido a falhas do serviço - tendo a mais grave resultado na morte de um homem, durante dias de greves sobrepostas de funcionários.

O executivo de Luis Montenegro assumiu que o recurso à FAP era a solução encontrada até que o contrato entre o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e a Gulf Med, empresa a quem foi adjudicado o serviço, obtivesse o visto do Tribunal de Contas (TdC).Na tarde de segunda-feira, o TdC anunciou que tinha dado 'luz verde' ao contrato em causa, mas o INEM adiantou que a concessão do visto "ainda pressupõe alguns procedimentos" que inviabilizaram que a sua execução se iniciasse esta terça-feira.

Na prática, a operação do Serviço de Helicópteros de Emergência Médica (SHEM) vai ser garantida através de quatro helicópteros e de equipas médicas da FAP, que vão funcionar 24 horas por dia, e que serão acionados através do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM.

Além destas quatro aeronaves da FAP, a Gulf Med vai ainda assegurar a partir desta terça-feira, através de um ajuste direto até o contrato entrar em vigor, dois helicópteros Airbus, que ficarão nas bases de Macedo de Cavaleiros e de Loulé, mas que apenas operarão no período diurno (12 horas por dia).

Estes helicópteros vão ter a bordo equipas do INEM e permitem o embarque pelas portas traseiras, o que facilita a segurança dos doentes e a rapidez da operação, salienta a empresa com sede em malta. O concurso público internacional foi lançado em novembro de 2024 e a decisão final de adjudicação à Gulf Med foi anunciada em março deste ano, prevendo a operação de quatro helicópteros que ficarão nas bases do INEM de Macedo de Cavaleiros, Viseu, Évora e Loulé entre julho de 2025 e o final de 2030.

Em comunicado, o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) rejeitou a solução de envolver a FAP na operação dos helicópteros de emergência médica, alegando que constitui uma "manobra de branqueamento que não resolve os problemas estruturais identificados há meses".

Com Lusa

Avião da Força Aérea Portuguesa.
INEM diz que transporte aéreo de emergência será realizado de forma complementar entre Força Aérea e Gulf Med

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