O Conselho Superior de Defesa analisou esta sexta-feira a situação na Ucrânia ao fim de um ano de guerra e a posição portuguesa sobre este conflito e deu parecer favorável a "pequenos ajustes" nas forças destacadas em África..Estas informações constam de uma nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet após a reunião de deste órgão colegial de consulta, em sessão ordinária, por videoconferência..O Conselho Superior de Defesa Nacional, reunido sob a presidência do chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, "analisou a situação na Ucrânia e a posição portuguesa, um ano após a invasão russa", lê-se no comunicado..De acordo com a mesma nota, o Conselho de Defesa "deu parecer favorável, por unanimidade, a pequenos ajustamentos às forças nacionais destacadas, no âmbito da União Europeia, em África"..Presidido pelo Presidente da República, o Conselho Superior de Defesa Nacional é um órgão colegial específico de consulta para os assuntos relativos à defesa nacional e à organização, funcionamento e disciplina das Forças Armadas..A reunião desta sexta-feira deste órgão foi a 31.ª convocada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e teve início às 12:00..Fazem parte deste órgão o primeiro-ministro, os ministros de Estado e da Defesa Nacional, Negócios Estrangeiros, Administração Interna, Finanças e responsáveis pelas áreas da indústria, energia, transportes e comunicações, o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas e os chefes da Armada, do Exército e da Força Aérea..Integram ainda o Conselho Superior de Defesa Nacional os representantes da República e presidentes dos governos das regiões autónomas dos Açores e da Madeira, o presidente da Comissão de Defesa Nacional da Assembleia da República e mais dois deputados eleitos para este órgão por maioria de dois terços..No dia da invasão da Ucrânia pela Rússia, 24 de fevereiro de 2022, o Conselho Superior de Defesa Nacional reuniu-se de urgência e deu parecer favorável, por unanimidade, à eventual participação de meios militares portugueses em forças de prontidão da NATO e à antecipação do envio de militares portugueses para a Roménia..O plano de forças nacionais destacadas para 2022 já previa o envio de um contingente de militares portugueses para a Roménia no segundo semestre desse ano, como aconteceu em 2021, mas a partida foi antecipada devido ao contexto de guerra entre a Ucrânia e a Rússia..A 1.ª Força Nacional Destacada, composta por 222 militares portugueses, partiu para a Roménia em 15 de abril do ano passado..Em 19 de maio, o primeiro-ministro, António Costa, visitou e discursou perante os 222 militares portugueses na Base Militar de Caracal..Em 20 de dezembro, o Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas deslocou-se à mesma base na Roménia, onde visitou os 212 militares portugueses da 2.ª Força Nacional Destacada integrados em missão da NATO naquele país que faz fronteira com a Ucrânia.