Centenas de imigrantes formaram esta terça-feira, 24 de junho, um cordão humano em frente ao Ministério da Administração Interna, em Lisboa, para exigirem segurança e justiça no caso de um comerciante morto a tiro num assalto, na semana passada.O caso aconteceu no Feijó, concelho de Almada, e vitimou Mahabubul Alam, oriundo do Bangladesh..Homem morre baleado no Feijó. Suspeitos em fuga. A manifestação pacífica, organizada em Lisboa pela Casa do Bangladesh, a que se juntaram outras associações, foi constituída quase exclusivamente por homens, que exibiam faixas e cartazes a pedir justiça.A brasileira Nina Martins, em representação do Movimento Vida Justa, foi uma das quatro mulheres presentes.“Apoiamos esta causa. Penso que temos de lutar, investigar e procurar justiça”, disse à agência Lusa no local, enquanto o cordão ia ganhando forma e ocupando parte da Praça do Comércio.Os imigrantes querem Portugal “seguro e justo”, afirmaram.“Temos vários comerciantes do Bangladesh aqui, em Portugal, não é uma questão de racismo. É de criminalidade. Parte da polícia investigar e apurar responsabilidades”, afirmou, por seu lado, Roni Hossan, da Casa do Bangladesh.Rana Taslin, líder da comunidade, entregou no Ministério da Administração Interna uma pedido escrito, no sentido de ser garantida a justiça no caso do comerciante morto, assim como mais segurança para os imigrantes do Bangladesh e de outros países da Ásia, que esta terça-feira se juntaram à manifestação.“Agora mataram uma pessoa, mas há dois anos que há muitos problemas, com uma tortura de imigrantes, em vários sítios, há várias queixas. Isto é uma negligência das autoridades”, disse aos jornalistas à saída do ministério.Estimou em cerca de 50.000 pessoas a comunidade do Bangladesh a viver atualmente em Portugal, 20.000 das quais na Área Metropolitana de Lisboa.Segundo a PSP, o crime ocorreu na noite de 13 de junho. Os dois suspeitos fugiram e o caso foi entregue à Polícia Judiciária.