Cortejo está confirmado, com saída de Alfama.
Cortejo está confirmado, com saída de Alfama.Foto: Vasco M.L

"Rebela e Rebola": Colombina Clandestina quer levar 20 mil foliões para as ruas de Lisboa

Programa de atividades foi apresentado hoje (11) em coletiva de imprensa. Ponto alto será o cortejo no dia 1º de março, seguido de baile.
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Com o tema "Rebela e Rebola", o bloco artivista Colombina Clandestina pretende levar 20 mil pessoas para as ruas de Lisboa no Carnaval. A programação foi apresentada oficialmente hoje (11) em coletiva de imprensa. "O tema traz essa necessidade de se posicionar, do estar ativo e forte pra poder existir e permanecer nesse mundo hoje", explica a brasileira Andréa Freire, fundadora do bloco e mestre de bateria.

O ponto alto para "rebelar e rebolar" será no dia 1º de março, a partir das 14h, em Alfama, com o cortejo pelas ruas. Os foliões vão dançar até Marvila, onde será realizado o tradicional baile - somente com DJs mulheres. O local exato ainda permanece "secreto", mas, mesmo assim, já foram vendidos 500 dos 1,6 mil ingressos disponíveis para a festa.

O dia 02 de março será de pausa, enquanto na Quarta-Feira de Cinzas serão "queimados últimos os cartuchos" com evento na Musa, em Marvila, às 18h. Mas o clima já é de Carnaval para o grupo, composto por 80 pessoas.

Até o final de fevereiro, sempre nas terças, às 18h, o público pode ouvir os ensaios do Colombina Clandestina e tomar um chopp no Barracona, localizado nos Jardins da Bombarda, em Lisboa. Já no sábado (15) a Musa, em Marvila, recebe um "esquenta" do Carnaval às 15h. No sábado seguinte, dia 23 de fevereiro, será a vez do último grande ensaio, intitulado "queimando a largada", com saída do Largo de São Miguel, em Alfama, às 15h.

No dia 27, quem passar pelo metro do Cais do Sodré já vai ouvir os batuques, na apresentação em parceria com o Metropolitano. Por fim, no dia 28 de fevereiro, o Colombina Clandestina vai para as escolas de Belém levar o repertório musical para os mais pequenos.

30 mil euros

De acordo com Andréa, o custo total estimado para a festa este ano é de 30 mil euros. Sem patrocínio ou apoios, o valor e custeado pelo próprio bloco através das mensalidades dos alunos, apresentações ao longo do dia e recursos arrecadados no baile anual. "Eu acho que mais do que cultura o que a gente sabe fazer aqui é gestão, porque senão não duraria nove anos", diz a fundadora sobre a gestão financeira do bloco.

Assim como outras organizações, o Colombina Clandestina está esperando o resultado da negociação entre a Embaixada do Brasil e a Câmara de Lisboa para viabilizar a festa na rua. "Esperamos que a festa reconhecida, porque é a maior festa em Lisboa na baixa temporada, com pessoas vindo de vários países para participar da festa", explica a imigrante.

Sobre a escolha do tema deste ano, a fundadora pontua que está em linha com as lutas atuais pelo mundo, em especial a das mulheres. As artes visuais de divulgação foram criadas pela designer gráfica Bruna Borges, que escolheu as tons de roxo, rosa e amarelo e desenhos para "gritar a mensagem" do bloco.

A inspiração veio de mulheres como Rita Lee e a personagem Vera Verão. "Queremos trazer esses corpos que não fossem corpos superfemininos, que fossem supermagros, essa coisa superpadronizada que a gente tem visto realmente uma crescente ultimamente, apesar de que antes a gente estava vendo o movimento contrário, agora, de repente, o jogo virou de novo. E aí são corpos que fogem um pouco disso", explica a designer.

Em breve, estarão espalhados pelas paredes de Lisboa os cartazes sobre as festas. As atualizações também serão publicadas nas redes sociais do Colombina Clandestina.

amanda.lima@dn.pt

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