Primeiro Picasso à venda em Portugal na galeria de arte P55

Um quadro de Pablo Picasso está em exposição na galeria de arte P55, no Porto, para depois ir a leilão dia 6 de outubro. Esta é a primeira vez que uma obra do artista espanhol surge em Portugal e está exposta na loja portuense a partir de hoje até à data do leilão.
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Aníbal Pinto de Faria, CEO da galeria

refere que é "obviamente uma honra receber uma peça destas."

A pintura única de Pablo Picasso é feita a

ponta de feltro sobre papel, assinado e datado de 1966 com uma

dedicatória feita ao médico de Picasso sobre a primeira página do

livro "Pour une Renaissance de La Peinture Française", de Jacques

Baschet.

O quadro de Picasso pode ser visitado

na leiloeira, situada na Av. Da Boavista, já a partir desta

segunda-feira (29 de setembro), e será leiloado no dia 6 de Outubro

pelas 21 horas no mesmo local: " É uma obra única e acho que vai

ser um leilão bastante concorrido já que é a primeira vez que

recebemos algo do género em Portugal", diz Aníbal Pinto de Faria.

A leiloeira P55 foi fundada por Aníbal Pinto de Faria aos 28

anos e em pouco mais de um ano de existência já trouxe a

Portugal grandes referências na arte internacional como Salvador

Dalí, Marc Chagall ou Miró.

A nível nacional, a leiloeira já vendeu obras de autores como Almada Negreiros, Paula Rego, Júlio Resende ou Joana Vasconcelos.

"Em

pouco mais de um ano, as obras que nos têm surgido e a procura que

temos tido superaram amplamente as minhas melhores expectativas.

Temos tido obras dignas de museu, algo que já acabamos por nos

considerar por consequência. Afinal, qualquer pessoa que goste de

arte pode visitar-nos gratuitamente e cruzar-se com um Picasso, um

Dalí ou um Miró...", diz o CEO da P55.

O gestor explica ainda que a procura

pela arte, contrariamente ao que seria de esperar num momento de

crise, é ascendente. Os portugueses investem cada vez

mais em arte. "Apesar de termos um negócio que é 75% feito por

investimento estrangeiro, a procura de arte em Portugal está a

aumentar a olhos vistos porque os portugueses sentem que aqui há um

investimento seguro e palpável", remata Aníbal Pinto de Faria.

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