Passos preparado para eleições, mas sem "ânsias"

Pedro Passos Coelho afirma que está preparado para voltar a ser primeiro-ministro, no dia em que se recandidata à liderança do PSD.

Nesta etapa é assim que se apresentará ao partido e ao País. E embora diga que "não está ansioso por ir a eleições", reforça que não concorda nem com o programa nem com as prioridades do Governo de António Costa. Não vê, no entanto, necessidade do País voltar a cair numa situação de pedido de ajuda financeira externa, pelo que se compromete a fazer uma "oposição construtiva".

Numa conversa informal com jornalistas, horas antes do anúncio formal da sua recandidatura e sem abrir o jogo sobre o que fará o PSD em relação ao Orçamento do Estado para 2016, Passos diz que o seu partido apresentará propostas para o combate às desigualdades sociais e para o problema demográfico. "Queremos um País mais atrativo, mais tecnológico, mais inovador, com menos desigualdades e com mais justiça social".

E deixa um recado: "Se a estratégia populista e radical que se está a instalar em alguns países europeus for bem sucedida, Portugal será dos primeiros a ser prejudicado".

O ex-primeiro-ministro frisa que o lema com que se apresenta às diretas do PSD - "Social-democrata sempre" - não é uma contradição com a sua prática governativa. "Mesmo nas medidas de austeridade que adotámos fomos sempre sociais-democratas", garante.

Passos Coelho pretende ser "coerente" com o que defendeu ao leme do governo de coligação PSD/CDS: "Não introduzo mudanças artificiais ao sabor do vento", diz. Admite que a sua imagem pode ter ficado ligada à austeridade, mas vê nisso um aspeto positivo, o da "determinação" com que diz ter liderado o País. O líder social-democrata recorda que "deu a cara" pelas medidas, "sem cálculos pessoais".

Quanto ao próprio partido, tem intenção de renovar os órgãos nacionais. "O PSD não irá cristalizar-se", afirma.

Mais Notícias

Outros Conteúdos GMG