Ricardo Leão, Nuno Araújo e André Pinotes Batista passam a liderar as federações de Lisboa, Porto e Setúbal.
Ricardo Leão, Nuno Araújo e André Pinotes Batista passam a liderar as federações de Lisboa, Porto e Setúbal.Montagem DN

Eleições internas trazem novos protagonistas ao PS

Federações socialistas viram a página, quase sempre sem opositores. Duelo de Braga pode ser único revés de Pedro Nuno Santos.
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As eleições internas do PS, que decorreram na sexta-feira e no sábado, marcaram a subida ao poder de uma nova geração de líderes distritais, identificados com a liderança de Pedro Nuno Santos - à hora de fecho desta edição só não se sabia se na Federação de Braga o ex-deputado Luís Soares, apoiante de José Luís Carneiro na disputa pela liderança do partido, conseguiria derrotar o presidente da Câmara de Vizela, Victor Hugo Salgado -, e que têm pela frente grandes desafios nas autárquicas de 2025.

Na Federação da Área Urbana de Lisboa, na qual o afastamento de Duarte Cordeiro deixara Pedro Pinto de Jesus à frente da organização, o presidente da Câmara de Loures, Ricardo Leão, obteve 97% dos votos, sem enfrentar qualquer rival, cabendo-lhe agora trabalhar com o secretário-geral do PS na escolha dos nomes certos  para tentar reconquistar Lisboa e manter Sintra, onde Basílio Horta termina o terceiro mandato. E, do outro lado do Tejo, o deputado André Pinotes Batista, que arregimentou apoios para Pedro Nuno Santos no distrito de Setúbal - onde o então presidente da federação, António Mendonça Mendes, e a sua irmã, Ana Catarina Mendes, se mantiveram neutrais face à sucessão de António Costa -, conquistou a federação, com 92% dos votos, estabelecendo como objetivo fazer do PS “o maior partido autárquico do distrito”. Entre os principais alvos estará a Câmara de Setúbal, onde é possível aproveitar a divisão de votos entre a CDU, que deve recandidatar André Martins, e a ex-autarca Maria Dores Meira, que avança à frente de um movimento independente.

Também sem concorrente, e sucedendo a outro peso-pesado do PS, o presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, Nuno Araújo partiu para a votação de ontem com a certeza de ser eleito. O antigo chefe de gabinete de Pedro Nuno Santos na Secretaria de Estado dos Assuntos Parlamentares, mais tarde presidente da Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, tem a missão de recuperar a Câmara do Porto, aproveitando a saída do independente Rui Moreira.

Numa das raras eleições disputadas houve um duelo de apoiantes de Pedro Nuno Santos para a Federação de Aveiro. E quem saiu a perder foi o incumbente Jorge Sequeira, que vai no terceiro e último mandato na Câmara de São João da Madeira - sendo apontado como um dos nomes que poderiam estar nas listas do PS ao Parlamento Europeu -, derrotado pelo deputado Hugo Oliveira, para quem “os militantes fizeram, em larga maioria, uma opção de mudança”.

Disputada entre apoiantes de Pedro Nuno Santos foi também a Federação de Leiria, onde o autarca da capital de distrito, Gonçalo Lopes, derrotou a ex-secretária de Estado das Pescas, Teresa Coelho. 

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