O discurso de António Costa durante o jantar de Natal do grupo parlamentar do Partido Socialista ficou marcado por várias críticas ao PSD, umas mais diretas e outras menos diretas..A primeira bicada surgiu aquando de um elogio a Augusto Santos Silva. "Presidiu a Assembleia da República numa altura particularmente dificil, em que a extrema-direita passou de ter uma só voz para ter um grupo parlamentar. O perigo é quando a extrema-direita contamina toda a direita. Deixam-se contaminar no estilo, no vocabulário, e degradam a política e a democracia", afirmou o primeiro-ministro demissionário.."Estes oito anos para um agnóstico como eu foram muito estranhos. Começaram pelo diabo e acabaram no prémio Nobel pelo milagre económico. Acho que nos podemos orgulhar dos resultados destes oito anos: o abandono escolar precoce e o desemprego baixaram para metade, tivemos orçamentos estabilizados, a dívida a reduzir mas não como a direita a queria reduzir, o que lhes dá toda a azia do mundo. Cada geração de líder do PSD vai sendo uma espécie de clube de profetas da desgraça. Têm a azia de termos obtido os resultados que eles queriam ter mas com as nossas políticas. Quem garantiu estabilidade foi mesmo o PS", prosseguiu..António Costa começou o seu discurso de forma bem-humorada. "Já há alguns anos que eu não utilizava este vocativo: 'caro secretário-geral'. Queria fazer uma grande saudação ao nosso novo secretário-geral. queria desejar-lhe os maiores sucessos. É uma enorme honra ser o último dos de terceira geração a passar a liderança ao primeiro de quarta geração. O PS foi sempre um partido do seu tempo: foi assim, é assim e continuará a ser assim. Todo o partido está mobilizado e unido para vencer as eleições de 10 de março", vincou, cumprimentando e elogiando os líderes parlamantes que o PS teve durante os seus mandatos: Carlos César, Ana Catarina Mendes e Eurico Brilhante Dias.