Pedro Duarte (PDS/CDS-PP/IL), que toma posse esta quarta-feira (5 de novembro) como presidente da Câmara do Porto, decidiu entregar o pelouro da Cultura a Jorge Sobrado, eleito pela lista do PS e que passará a vereador independente.De acordo com fonte da campanha eleitoral de Pedro Duarte, o convite endereçado ao eleito pelo PS, quarto na lista encabeçada por Manuel Pizarro, foi aceite e este vai ficar no executivo como vereador independente.À Lusa, Pedro Duarte explicou ter ouvido a comunidade cultural da cidade “em inúmeros encontros, formais e informais, ao longo da campanha eleitoral e depois da sua eleição”, e ter sido “sensível” aos seus “apelos” de que Sobrado seria a pessoa indicada para este pelouro.O novo presidente da Câmara do Porto, que em agosto garantiu que ficaria com o pelouro da Cultura para si próprio, referiu que sempre reconheceu Jorge Sobrado “como um dos nomes mais indicados para liderar esta pasta”, acrescentando que “reúne todas as características de personalidade e experiência para honrar a continuidade da revitalização cultural da cidade do Porto”.Para o presidente eleito pela coligação PSD/CDS-PP/IL, a escolha de Jorge Sobrado “representa a valorização da competência, da experiência e do serviço à cidade acima de qualquer pertença partidária”.. Nas eleições autárquicas de 12 de outubro, o PS elegeu seis mandatos (Manuel Pizarro, Fernando Paulo, Francisca Carneiro Fernandes, Jorge Sobrado, Jorge Garcia Pereira e Marta Sá Lemos), os mesmos da coligação PSD/CDS-PP/IL.Além de Pedro Duarte, a coligação elegeu mais cinco vereadores: Catarina Araújo (CDS-PP), Gabriela Queiroz (PSD), Rodrigo Passos (PSD), Hugo Beirão Rodrigues (IL) e Matilde Gouveia Rocha (IL).O Chega conseguiu eleger um vereador, Miguel Corte-Real.Jorge Sobrado, licenciado em Ciências da Comunicação, foi diretor do Museu e Bibliotecas do Porto entre dezembro de 2022 e fevereiro de 2024, cargo que deixou para assumir a vice-presidência da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).Antes, entre 2017 e 2021, foi vereador com o pelouro da Cultura da Câmara de Viseu, onde trabalhava desde 2013, como adjunto do então presidente da autarquia, o social-democrata António Almeida Henriques (1961-2021).Em 2013, aquando da eleição do executivo liderado pelo independente Rui Moreira, o pelouro da Cultura da Câmara do Porto foi atribuído a Paulo Cunha e Silva. Após a sua morte, em 2015, Rui Moreira passou a deter este pelouro, que acumula, atualmente, com os pelouros da Economia e dos Transportes.A tomada de posse do novo executivo está marcada para o final da tarde, no Mosteiro de São Bento da Vitória, após ter prometido ser “um novo líder para o Norte de Portugal”.