As organizações devem partir do princípio que o ataque cibernético vai acontecer, só não sabem é quando e, por isso mesmo, devem tornar-se resilientes a esse risco, disse Nuno Dias, sócio gestor da Timestamp SGS. Esta foi , de resto, a ideia central do painel de debate Gestão de Riscos e Conformidade, no âmbito da Conferência ‘Novo Regime Jurídico da Cibersegurança em Portugal’, do Diário de Notícias..Paulo Martins, CEO da Euronext Technologies PT, deu um exemplo esclarecedor: “Nós representamos os mercados financeiros e se os mercados financeiros páram o impacto é enorme em termos globais”, disse o CEO da Euronext. A empresa está nas bolsas de Portugal, França, Itália, Noruega, Bélgica, Holanda, pelo que, em caso de um ataque cibernético, as consequências seriam consideráveis..Cada um dos mercados tem os seus próprios regulamentos, o que torna a operação mais complexa. “Gostariamos que houvesse uma tecnologia milagrosa que permitisse centralizar essa diversidade de regulamentos, mas infelizmente ainda não existe”, lamentou o orador..Também Sara Loja, CISO da VW Digital Solutions referiu a crescente complexidade do sistema de gestão de riscos, pelo que as empresas têm de desenvolver os três processos, a gestão da conformidade, a gestão da mudança e a gestão do risco..Do lado da Amazon, o CISO Frank Aldeman referiu que a segurança é um prioridade, uma vez que têm clientes em setores altamente regulados desde o militar às infraestruturas críticas. A Amazon sente essa responsabilidade e por isso o tema da certificação dos fornecedores aos clientes é uma prioridade. Por outro lado, estão também a trabalhar do lado das soluções tecnológicas, garantiu.