Portugal Export +60’30: esforços redobrados para a mesma ambição!

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O contexto internacional adverso tem condicionado o peso das exportações no PIB, o qual recuou de 49,5% em 2022 para 46,5% em 2024. Em 2025, o valor é de apenas 44%, considerando o período compreendido entre janeiro e setembro. 

Perante estes dados, é factual que a meta traçada pelo Projeto da AEP e do novobanco com o Alto Patrocínio da Presidência da República, que conta com a parceria da APDL, da Coface e do jornal Expresso, - “Portugal Export +60’30” -, está hoje mais longe de ser alcançada, face às duas edições anteriores do projeto.

Contudo, esta tendência que os números mostram não invalida a nossa ambição de se alcançar pelo menos 60% do PIB em exportações até 2030. Portugal deve procurar continuar a reforçar a sua intensidade exportadora, visto que o mercado nacional é limitado e neste indicador ainda nos encontramos bastante aquém de outros países da União Europeia com dimensão semelhante. 

O momento menos favorável na dinâmica das exportações nacionais exige um esforço redobrado econfere maior importância a este projeto, pela necessidade de aumentar o número de empresas exportadoras, de exportar com maior valor acrescentado e de diversificar mercados, como forma de mitigar, em parte, riscos face a choques que, infelizmente, ocorrem com maior frequência.

Num período de fragmentação geopolítica, que prejudica, sobretudo, as exportações de bens, as associações empresariais têm um papel fundamental no apoio às empresas exportadoras, desde logo na identificação e presença em novos mercados.

O arranque da terceira edição do Portugal Export +60´30 - que elege os pilares da “Globalização 4.0”, da “Reindustrialização” e da “Inteligência Artificial” -, teve o privilégio de poder contar com as intervenções dos dois ex-ministros da Economia Pedro Reis e Manuel Caldeira Cabral e do ex-ministro da DefesaAntónio Vitorino, para além do nosso parceiro Luís Ribeiro, administrador do novobanco. Partilhamos as nossas visões e perspetivas, apontando caminhos para que as empresas consigam ser competitivas à escala global e as exportações consigam ganhar peso no PIB para, pelo menos, 60% até ao final da década.

Presidente do Conselho de Administração da AEP – Associação Empresarial de Portugal

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