Militares garantem racionamento de combustível na Venezuela

Há zonas do país onde há filas de vários quilómetros de automobilistas. Para evitar contrabando, está proibida a venda em recipientes portáteis.
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Funcionários da Guarda Nacional Bolivariana (GNB, polícia militar) tomaram o controlo de postos de combustível em pelo menos cinco dos 24 Estados da Venezuela, país onde os consumidores dão conta que fora da capital se agrava a escassez de combustível.

A decisão ocorre depois das autoridades venezuelanas terem imposto racionamento no abastecimento de combustível, sendo que os proprietários de viaturas particulares podem abastecer apenas 30 litros, duas vezes por semana, enquanto que para os autocarros e viaturas de transporte de carga o abastecimento é de 50 litros, também duas vezes por semana.

De momento, segundo a imprensa venezuelana, o controlo dos postos de combustível ocorreu nos Estados de Falcón, Lara, Monágas, Trujillo e Bolívar.

No entanto, desde há pelo menos dois anos que postos de abastecimento nos Estados de Táchira e Zúlia, fronteiriços com a Colômbia, e de Bolívar, com o Brasil, estão sob fiscalização dos militares para evitar o contrabando.

Em Caracas, na sexta-feira, o abastecimento decorria com alguma fluidez, apesar de algumas estações permanecerem fechadas à espera de reabastecimento.

Em várias regiões do país há filas de vários quilómetros de automobilistas junto dos poucos postos que têm gasolina e as restrições na venda aplicam-se pela primeira vez em Falcón, onde está situado o Centro de Refinação de Paraguaná, o mais importante do país e que a imprensa diz ser o segundo maior do mundo.

No país, está proibida a venda de combustível em recipientes portáteis, para evitar o contrabando e a revenda especulativa.

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