Trump fala de "grande unidade" quanto ao Irão e Merkel de "grande passo"
Presidente norte-americano diz que se chegou "mais ou menos a uma conclusão" sobre como lidar com o regime iraniano. Já a chanceler alemã também destacou progressos, embora admita que as negociações "avançam lentamente"
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, evocou esta segunda-feira "grande unidade" dos líderes das sete potências industriais do G7 em relação ao Irão, e a chanceler alemã, Angela Merkel, referiu-se a "um grande passo em frente". "Há uma grande unidade", disse Trump durante a Cimeira do G7 em Biarritz (sudoeste de França), ao lado da chanceler alemã.
"Chegámos mais ou menos a uma conclusão" sobre como lidar com o regime iraniano, acrescentou Trump, embora Merkel tenha afirmado que as negociações "avançam lentamente".
A chanceler alemã congratulou-se no entanto com o que descreveu como "um grande passo em frente", depois de os líderes do G7 terem mantido uma "discussão construtiva" no sábado à noite, seguida de uma visita surpresa do ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Javad Zarif, ao Presidente francês, Emmanuel Macron, anfitrião da cimeira.
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"É um grande passo em frente que nós não apenas não queiramos que o Irão tenha armas nucleares, como também [que queiramos] chegar a uma solução por meios políticos", disse, citada pela Associated Press.
Questionada sobre que progressos constatou concretamente e sobre se Trump está disposto a aliviar as sanções ao Irão, a chefe do Governo alemão respondeu: "Não posso dizer isso neste momento. Há aqui uma atmosfera em que negociações são bem-vindas, em que conversações entre os europeus e o Irão, particularmente França, são bem-vindas, em coordenação com os Estados Unidos. E isso já é muito".
Emmanuel Macron quer desbloquear a crise desencadeada pela retirada unilateral dos Estados Unidos do acordo nuclear de 2015, assinado entre o Irão e as potências do chamado grupo 5+1 (Alemanha, França, Reino Unido, Rússia e China e EUA).
Depois da decisão norte-americana, associada à imposição de fortes sanções, o Irão deixou de cumprir algumas das obrigações impostas pelo acordo, que limitava o seu programa nuclear em troca do levantamento das sanções económicas, e pede aos europeus, que querem preservar o pacto, medidas que permitam contornar as sanções norte-americanas.