Morreu o "Estripador de Yorkshire", que cumpria pena de prisão perpétua

Peter Sutcliffe cumpria pena de prisão perpétua depois de ter sido condenado pelo assassinato de 13 mulheres, entre 1975 e 1980. Testou positivo à covid-19 e a causa da morte vai ser investigada.
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O Serviço Prisional da Grã-Bretanha anunciou que o assassino em série Peter Sutcliffe, conhecido como o "Estripador de Yorkshire", morreu no hospital.

O "Estripador de Yorkshire", de 74 anos, tinha testado positivo ao novo coronavírus e sofria de vários problemas de saúde. A causa da morte ainda vai ser investigada.

De acordo com a BBC, Peter Sutcliffe terá recusado o tratamento à covid-19. A causa da morte ainda vai ser investigada.

Sutcliffe cumpria pena de prisão perpétua depois de ter sido condenado pelo assassinato de 13 mulheres no norte da Inglaterra, entre 1975 e 1980. A estação britânica lembra que foi ainda condenado pela tentativa de homicídio de mais sete mulheres.

Foi apelidado de Estripador de Yorkshire porque mutilava os corpos das vítimas com um martelo, uma chave de fendas e uma faca. Acreditava que estava numa "missão de Deus" para assassinar prostitutas, embora nem todas as suas vítimas o serem.

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"O prisioneiro do HMP Frankland Peter Coonan (nascido em Sutcliffe) morreu no hospital, em 13 de novembro. O departamento das prisões e liberdade condicional foi informado", acrescentou o serviço prisional, em comunicado.

Destaquedestaque"Lamento saber que ele faleceu. Não é algo que eu poderia ter dito no passado, quando estava consumido pela raiva", disse o filho da primeira vítima

A primeira vítima de Sutcliffe foi Wilma McCann, uma mãe de quatro filhos que tinha 28 anos. Foi agredida com um martelo e esfaqueada 15 vezes em outubro de 1975.

Richard McCann, que na altura tinha cinco anos, disse à BBC que a morte do assassínio da sua mãe veio colocar um ponto final no caso. "Tenho certeza de que muitas famílias, filhos sobreviventes das vítimas, podem ficar felizes por ele ter partido e têm o direito de se sentir assim", afirmou.

Disse ainda que há cerca de 10 anos decidiu deixar a raiva que sentia de lado e "perdoar" Sutcliffe. "Lamento saber que ele faleceu. Não é algo que eu poderia ter dito no passado, quando estava consumido pela raiva", reconheceu Richard McCann.

Peter Sutcliffe foi condenado em 1981. Passou algum tempo no Broadmoor Hospital, em Berkshire, antes de ser transferido para a prisão de Frankland em 2016, depois de ser considerado estável o suficiente para cumprir pena.

Mais de 150 agentes da polícia participaram numa mega operação para investigar os assassínios em série, tendo sido realizado mais de 11 mil entrevistas.

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