Susana Díaz antecipa eleições andaluzas para 2 de dezembro
A presidente do governo andaluz, Susana Díaz, convocou eleições antecipadas para 2 de dezembro na Andaluzia, mais de três meses antes da data prevista.
"A Andaluzia deve continuar a ter estabilidade e um horizonte claro. É por isso que os cidadãos devem falar. Acabei de assinar o decreto de dissolução do Parlamento da Andaluzia para convocar eleições autonómicas para 2 de dezembro", escreveu no seu Twitter, junto a uma foto em que assina o decreto.
Os socialistas governam a região há 37 anos, mas no último mandato Susana Díaz esteve à frente de um governo de minoria, graças a um acordo de investidura com o Ciudadanos. O partido liderado por Albert Rivera anunciou contudo há um mês a rotura do pacto, alegando que havia "incumprimento" da parte do PSOE, garantindo que não ia aprovar o Orçamento regional para 2019.
A Andaluzia, onde vivem 8,3 milhões de pessoas, serve de termómetro ao que pode acontecer em Espanha em 2019 - quando estão previstas eleições municipais e autonómicas. Ao antecipar as eleições, Díaz garante que não vão decorrer em simultâneo com outras idas às urnas - até mesmo umas eleições gerais, caso o primeiro-ministro, Pedro Sánchez, decida aproveitar o bom momento nas sondagens.
Susana Díaz perdeu há ano e meio as primárias que colocaram Pedro Sánchez à frente do PSOE.
As eleições na Andaluzia servem também de teste para as eleições nacionais, sendo o primeiro desafio eleitoral desde que Sánchez afastou Mariano Rajoy da chefia do governo e que Pablo Casado foi eleito líder do Partido Popular. Este partido, eterno segundo na Andaluzia, enfrenta também agora um Ciudadanos reforçado por um bom resultado na Catalunha e a subir nas sondagens a nível nacional. O Podemos concorre em coligação com a Esquerda Unida.
As eleições a 2 de dezembro permitem evitar a ponte de dia 9 de dezembro (após o feriado da Imaculada Conceição), mas também as férias de Natal. Além disso, se as eleições fossem no fim de semana anterior, a campanha começaria a 8 de novembro, quando Díaz está convocada para ir ao Senado falar dos casos de corrupção na Junta da Andaluzia.