Cuba decide multiplicar por cinco o salário mínimo

Cubanos vão ver aumentar o salário mínimo de 400 para 2100 pesos, anunciou o presidente Miguel Diaz-Canel
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Cuba vai aumentar o salário mínimo no país para mais do quíntuplo do atual, como parte das reformas que entrarão em vigor a 1 de janeiro, ao unificar suas duas moedas oficiais, informou esta sexta-feira (11) o diário oficial.

A reforma em larga escala de salários e pensões era uma promessa de anos e foi formalmente anunciada pelo presidente Miguel Diaz-Canel na noite de quinta-feira.

O salário mínimo aumentará assim de 400 para 2.100 pesos (de 13 para 69 euros, aproximadamente).

A reforma também verá o peso conversível, moeda que está atrelada ao dólar e foi introduzida em 1994 para substituir a moeda americana, ser eliminado gradualmente nos próximos seis meses, deixando apenas em circulação o peso normal, que vale 24 vezes menos.

A ideia é tornar a economia cubana mais eficiente e de fácil compreensão para os investidores estrangeiros.

Estas reformas ocorrem num momento em que o país está a sofrer com as sanções mais duras impostas pela administração norte-americana, na presidência de Donald Trump, e com a queda no turismo e nas remessas de emigrantes devido à pandemia do covid-19.

Como a inflação deve disparar, "é necessário estabelecer um salário mínimo no país que garanta a satisfação das necessidades básicas do trabalhador e de sua família, bem como a escala salarial aplicável a todos os trabalhadores", afirmou o Ministério do Trabalho, numa resolução publicada no diário oficial.

Além do novo salário mínimo, haverá 32 escalas salariais por categoria de trabalho, até um máximo de 9.510 pesos (cerca de 314 euros).

Atualmente, o salário médio é de apenas 879 pesos (29 euros), de acordo com o instituto nacional de estatísticas cubano.

As novas medidas, que foram anunciadas pela primeira vez em 2013, antes de serem sucessivamente adiadas, chegam num momento delicado para a economia cubana, que deve recuar 8% este ano.

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