Clérigo muçulmano radical enfrenta até 10 anos de prisão
Choudary foi considerado culpado de incentivar o apoio ao grupo Estado Islâmico
O clérigo muçulmano britânico Anjem Choudary foi condenado por encorajar jovens muçulmanos a apoiar o grupo extremista Estado Islâmico (EI) e enfrenta pena de cadeia que pode ir até 10 anos.
O homem, de 49 anos e o co-réu Mohammed Mizanur Rahman, de 33, colocaram uma série de vídeos no YouTube onde convidavam a apoiar o grupo e juravam fidelidade ao líder do EI, Abu Bakr al-Baghdadi.
Foram condenados por apoiarem uma organização terrorista ilegal e mantêm-se em prisão preventiva, após terem sido julgados no mês passado, em Londres. A sentença será conhecida a 6 de setembro.
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Chowdary era o responsável britânico do Islam4UK, ou al-Muhajiroun, um grupo co-fundado por Omar Bakri Muhammad que defendia a imposição da lei islâmica no Reino Unido e foi entretanto proibido.
Entre os radicalizados do Muhajiroun contam-se os bombistas suicidas que mataram 52 pessoas nos transportes públicos londrinos em julho de 2005 e os homens que mataram o soldado Lee Rigby na capital britânica em 2013.
A sentença está marcada para o dia 06 de setembro e Choudary enfrenta uma pena máxima de 10 anos de prisão.
O antigo advogado, que tem cinco filhos, já tinha sido notícia por organizar um evento pró-Osama Bin Laden em Londres, em 2011, e integrou um grupo que queimou papoilas (um símbolo que homenageia os mortos na Grande Guerra) durante um protesto no Dia do Armistício, em Londres, em 2010.