"Este livro não pretende explorar os recantos mais profundos da vida privada de Freddie Mercury (...), também não é uma obra de consulta sobre os Queen. (...) [É] uma pequena homenagem ao que a sua música e a sua pessoa significaram (e significam) para muitos, incluindo para aqueles que talvez não tenham nascido sendo já fãs dos Queen, mas o serão quando morrerem", escreveu o autor na introdução..Com selo da Suma de Letras, o livro conta a vida de Freddie Mercury de forma cronológica, desde o nascimento a 05 de setembro de 1946 em Zanzibar, até à morte em Londres a 24 de novembro de 1991..Profusamente ilustrado, o livro apresenta capítulos ordenados como se fosse os vários segmentos do tema "Bohemian Rapsody", uma das mais conhecidas músicas do grupo, a que "rompeu com todos os esquemas da música rock até então".."Nesta canção tudo é novo, avançando sempre em frente, tal como, aliás, a vida de Freddie. (...) Se há algo que se pode dizer sobre Freddie Mercury e a sua 'Bohemian Rapsody' é que ambos saíram da norma para encontrar o seu próprio caminho", defende Alfonso Casas..O livro saiu originalmente em Espanha em 2018, perto da estreia do filme "Bohemian Rapsody", de Brian Singer, e que valeu vários prémios ao ator Rami Malek, e numa altura em que, no mercado livreiro mundial, tem surgido uma vaga de biografias ilustradas pensadas para crianças e jovens.. Apesar de limitada pela admiração pessoal de Alfonso Casas pelo músico, "Freddie Mercury - Uma biografia" tenta equilibrar as informações factuais sobre a vida do músico, dentro e fora dos Queen, com as inquietações mais íntimas e pessoais.."Ao longo da sua vida escreveram-se muitas coisas sobre ele, algumas verdadeiras e outras, certamente, nem por isso, mas nunca nenhuma que o tenha feito parecer uma pessoa cinzenta e sem graça", afirma o autor espanhol..Alfonso Casas fala do sucesso dos Queen, mas também das fases mais sombrias do relacionamento do quarteto, da vida boémia que Freddie Mercury, dos excessos, da difícil relação com a imprensa, dos complexos, das capacidades vocais inatas, da afirmação da homossexualidade e da revelação que tinha sido infetado com o vírus da SIDA..Em pouco mais de uma centena de páginas, o ilustrador espanhol não se esqueceu ainda de desenhar basta representação visual iconográfica, 'glam rock', teatral e facilmente identificável com Freddie Mercury..O livro inclui ainda uma linha cronológica e bibliografia consultada.."Freddie Mercury nasceu três vezes. A primeira, como Farrokh Bulsara. A segunda como Freddie. A terceira como lenda", lê-se na contracapa..Nascido em Saragoça em 1981, Alfonso Casas tem vários livros, de BD e ilustração, publicados em Espanha, mas esta é a primeira obra em Portugal.