Província do interior de Moçambique vai voltar a ter transporte ferroviário de mercadorias
O transporte vai ser subsidiado pelo governo com o objetivo de baixar o custo de vida e favorecer os negócios, anunciou o Presidente da República, Filipe Nyusi, numa visita à região no dia 06.
Um comboio com 13 vagões blindados partiu na quarta-feira da cidade portuária de Nacala com destino a Lichinga, capital de Niassa, onde chegará na sexta-feira, anunciou a empresa gestora do Corredor de Desenvolvimento do Norte (CDN).
A composição leva cinco vagões de cimento, igual número de carruagens de trigo, um vagão de sal e dois vagões-tanque com combustível.
Desde há sete anos, altura em que foi feito o último transporte de mercadorias por via-férrea até Lichinga, que as estradas eram a única alternativa para transporte.
De então para cá, a brasileira Vale, que explora as minas de carvão de Moatize, na província de Tete, interior de Moçambique, e a CFM, investiram 4,1 mil milhões de euros na renovação de linha férrea e num terminal portuário em Nacala.
A renovação incluiu o ramal Cuamba-Lichinga, com cerca de 262 quilómetros, que permite ligar Niassa ao Oceano Índico.
Além de escoar a produção de carvão, o corredor serve a população do norte de Moçambique com transporte de passageiros e mercadorias.
"Esta sexta-feira fica gravada na história com o início da circulação do comboio de mercadorias, fortificando desta feita a missão da CDN", assinalou a empresa em comunicado.