Prémio Camões: Júri destaca "universalidade exemplar" na obra do vencedor

O júri da 30.ª edição do Prémio Camões destacou hoje, em Lisboa, que a obra do vencedor, Germano Almeida, "atinge uma universalidade exemplar no que respeita à plasticidade de língua portuguesa".
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O vencedor do Prémio Camões 2018 foi anunciado hoje, ao fim da tarde, em Lisboa, pelo ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, após reunião do júri, que o acompanhou no anúncio.

De acordo com a ata do júri, a decisão de entregar o Prémio Camões do presente ano ao autor cabo-verdiano Germano Almeida foi feita por unanimidade, "pela riqueza de uma obra onde se equilibram a memória, o testemunho e a imaginação".

"A inventividade narrativa alia-se ao virtuosismo da ironia num exercício de liberdade, de ética e de crítica. Conjugando a experiência insular e da diáspora cabo-verdiana, a obra de Germano de Almeida atinge uma universalidade exemplar no que respeita à plasticidade de língua portuguesa", salientam, na ata.

O Prémio Camões, o maior prémio da Língua Portuguesa, instituído por Portugal e pelo Brasil em 1988, ascende a 100 mil euros divididos entre Portugal e o Brasil.

O júri da 30.ª edição do Prémio Camões foi constituído por Maria João Reynaud, professora jubilada da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (Portugal); Manuel Frias Martins, professor jubilado da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (Portugal); Leyla Perrone-Moisés, professora emérita da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (Brasil); José Luís Jobim, professor aposentado da Universidade Federal Fluminense e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Brasil); pelos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), Ana Paula Tavares, poeta e professora de Literaturas Africanas na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (Angola); e José Luís Tavares, poeta (Cabo Verde).

Com a atribuição do Prémio Camões, é prestada anualmente uma homenagem à literatura em português, recaindo a escolha num escritor cuja obra contribua para a projeção e reconhecimento "do património literário e cultural da língua comum", segundo o protocolo estabelecido entre Portugal e o Brasil, assinado em junho de 1988, que instituiu o prémio.

O Prémio Camões foi atribuído pela primeira vez em 1989, ao escritor Miguel Torga e, na mais recente edição, em 2017, foi entregue ao poeta Manuel Alegre.

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