"Vamos eliminar esse subsídio gradualmente à medida que as associações [de transportadores] forem crescendo em termos da sua sustentabilidade", referiu num encontro sobre o modelo de fixação de preços de combustíveis, citado pela Agência de Informação de Moçambique (AIM).."Posso garantir que, enquanto se organiza [o processo], o Governo continua a subsidiar os semicoletivos", designação dada às viaturas ligeiras de múltiplos lugares, usadas como meio de transporte por todo o país..Também apelidadas de 'chapas', estas viaturas circulam, em regra, sobrelotadas, em percursos de algumas dezenas de quilómetros entre grandes bairros ou povoações..O Governo de Moçambique acabou em março de 2017 com o subsídio generalizado ao preço dos combustíveis, mantendo, no entanto, um desconto em metade do valor de tabela para os transportadores dos semicoletivos..O executivo pretende eliminar a compensação, gradualmente, para passar a apoiar a aquisição e entrega de autocarros a associações de transportadores, referiu Moisés Paulino..Sem apontar prazos, aquele responsável referiu que a mudança é urgente, dado que o Governo tem uma dívida avultada junto das gasolineiras, a rondar os 62 milhões de euros..Noutros setores considerados sensíveis, tais como a pesca artesanal, agricultura e produção de energia em sistemas isolados, vão continuar a beneficiar de subsídio à aquisição de combustível, acrescentou..Na última revisão da tabela de preços, em março, a gasolina fixou-se em 65,05 meticais por litro (87 cêntimos de euro) e o gasóleo em 61,16 meticais por litro (81 cêntimos de euros).