A Associação dos Trabalhadores do Estado (ATE), um dos sindicatos que convocou o protesto, justificou que este ocorreu "num contexto de forte crise económica, social, política e institucional e anúncios de grandes ajustamentos no Estado", noticiou a agência Efe..De acordo com as organizações de trabalhadores, a reestruturação do executivo, que passará de 19 para dez ministérios e cortes nestes, "colocam em risco milhares de empregos".."Se não mudam as políticas públicas, se não muda o modelo económico, se não muda a sua relação com os trabalhadores e trabalhadoras, há que mudar este governo", declarou o secretário-geral da ATE, Daniel Catalano, na manifestação..O sindicalista pediu, ainda, para que o Congresso da Argentina aprove uma lei de proteção do emprego público, observando que os funcionários estão "desamparados"..O presidente argentino, Mauricio Macri, anunciou na segunda-feira um plano de austeridade, incluindo a supressão de vários ministérios e uma maior taxação das exportações, para reduzir o défice e estabilizar a economia, face à queda do peso.."Devemos enfrentar um problema de base: não gastar mais do que o que temos, fazer esforços para equilibrar as contas do Estado", declarou Macri numa mensagem televisiva dirigida ao país..Após o anúncio, no encerramento do mercado de câmbios, a moeda argentina perdia 2,74% relativamente à cotação de sexta-feira..Sem uma intervenção do Banco Central da República Argentina no fim da sessão, teria cedido ainda mais terreno..O índice Merval das principais ações cotadas na Bolsa de Comércio de Buenos Aires fechou hoje em baixa de 1,66%, nas 28.807,29 unidades..Ao fim do dia, o índice geral da bolsa situava-se em 1.287.113,82 pontos, com uma perda 1,41%, enquanto o Merval 25 retrocedeu 1,57%, para as 31.705,65 unidades..O volume de negócios realizado em ações totalizou 662 milhões de pesos (17,4 milhões de dólares), com um resultado de 42 subidas, 44 descidas e seis títulos sem alteração na cotação..A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, e o ministro das Finanças da Argentina, Nicolás Dujovne, reúnem-se hoje para debater o pedido de adiantamento de fundos do empréstimo concedido ao país em junho, anunciou o FMI.."O pessoal do FMI e as autoridades argentinas estão a trabalhar de perto para fortalecer o acordo alcançado com o Fundo à luz da recente evolução dos mercados", disse o porta-voz da instituição, Gerry Rice, em comunicado