Greve de estudantes da Universidade Pública de São Tomé paralisa aulas
"Nós reivindicamos um conjunto de situações que os responsáveis da universidade conhecem, reivindicamos professores de qualidade, agua potável, uma biblioteca com mínimas condições para os estudantes, casas de banho com as mínimas condições, reivindicamos a nossa bolsa interna, já há três anos que não nos pagam", explicou Dedicerei Viegas, responsável da associação dos estudantes.
"Quando precisamos de beber água temos que ir comprar ou recorrer a residências vizinhas para pedir. Por causa disso, ouvimos insultos, temos problemas de formatura, temos uma biblioteca que só existe como edifício" mas está sem livros, explicou, por seu turno, a estudante Durrute Soares.
Durrute Soares disse que a paralisação é para durar "por tempo indeterminado, enquanto os problemas não forem solucionados", e acusa a reitoria da universidade de "violar o direito dos estudantes", impedindo a continuação dos estudos para aqueles que têm atrasos no pagamento das propinas.
"Da forma que está não pode continuar e nós não vamos suspender a nossa paralisação", sublinha.
A associação dos estudantes da USP contou ainda um rol de problemas existentes e pede ao Ministério da Educação, Ciência, Cultura e Comunicação que envie para a instituição uma equipa de inspeção "para tomar ocorrência do que se está a passar de fato nesta universidade".
Os estudantes fecharam os portões que dão acesso a universidade com correntes e cadeados que horas depois foram retirados pela direção.
Os responsáveis da Universidade Publica de São Tomé foram contactados por jornalistas, prometeram uma declaração que, entretanto, não aconteceu até ao momento.