Segundo João Labrincha, está a decorrer esta semana um périplo pelos diferentes concelhos que podem ser afetados pela barragem, com reuniões com a população.."Estamos a falar com muitas pessoas e a ouvir as suas queixas", contou..O objetivo, disse, é recolher testemunhos dos cidadãos que podem vir a ser afetados se a barragem for construída. Esses depoimentos integrarão a ação popular que a GEOTA vai fazer chegar à justiça, no final de outubro..A albufeira da barragem de Fridão afetaria os concelhos de Amarante, Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto, Mondim de Basto e uma pequena parcela do território de Ribeira de Pena..João Labrincha recorda que a albufeira, se vier a ser construída, ficará sobre uma falha sísmica ativa, o que aumentará o risco de derrocada da barragem, com a agravante de a possível onda de inundação ficar a apenas a 13 minutos da cidade de Amarante..Esse curto período de tempo, alertou, impediria as autoridades de avançar com um plano de evacuação da cidade..A construção da barragem de Fridão, incluída no Programa Nacional de Barragens, encontra-se suspensa até abril de 2019, decisão tomada pelo atual Governo em 2016..O grupo ambientalista diz temer que "aproximando-se a data do fim da suspensão, se iniciem trabalhos para erguer o paredão..No sábado, no centro de Amarante, o GEOTA fará uma simulação, teatralizada, do que poderá acontecer caso haja a derrocada da barragem..À noite, no centro da cidade, haverá uma conversa aberta à população, na qual será dada informação sobre os riscos e impactos negativos do eventual aproveitamento hidroelétrico de Fridão.