"A exploração de lítio é, de facto, uma área em que estamos a abrir agora uma série de concursos para concessões e que pode trazer muito valor para o país", disse hoje o ministro em Gouveia, no distrito da Guarda..Manuel Caldeira Cabral falava aos jornalistas no final de uma visita à antiga área mineira de Castelejo, em Gouveia, que foi reabilitada ambientalmente através da Empresa de Desenvolvimento Mineiro (EDM).."Mas, exatamente, a mensagem que estamos a dar com esta aceleração de resolver os passivos ambientais, é que essas minas de lítio que venham a existir, terão em conta todo o trajeto que uma mina tem, desde o seu nascimento, à sua exploração, até depois, também, ao resolver e ao fechar da mina, fechando também, sem deixar passivos ambientais para trás, para as gerações futuras, como infelizmente, no passado, foi feito, não só em Portugal, mas em todo o mundo", justificou..Segundo o ministro da Economia, a indústria mineira tem hoje "uma posição responsável, de uma indústria que quer assumir todos os custos do seu processo e não quer ser associada" aos passivos ambientais "que no passado deram um mau nome a um setor que é um setor importante"..Na opinião de Manuel Caldeira Cabral, a exploração de lítio "poderá ser muito importante" para o país..Adiantou ainda que nos concursos que o Governo está a lançar para a exploração deste recurso mineral, está a "valorizar não apenas a exploração, mas projetos que apresentem, para além da exploração mineira, também mais valor acrescentado nas fases de transformação, de valorização dos produtos do produto mineiro português"..O ministro da Economia visitou hoje as obras de reabilitação ambiental da antiga área mineira de Castelejo, em Gouveia, e a Quinta do Bispo, no município de Mangualde, distrito de Viseu, onde foi lançada a primeira fase das obras de recuperação daquela antiga exploração mineira..Os dois projetos representam um investimento total de 7,7 milhões de euros.