"As estruturas desativadas com alteamento a montante [no qual se constroem degraus com os próprios resíduos], cujos níveis de emergência já tinham sido reavaliados e cujas Zonas de Auto Salvamento (ZAS) foram evacuadas de forma preventiva, não tiveram as suas DCE renovadas. (...) Adicionalmente, outras estruturas, com estudos complementares e obras de reforço já em andamento, também não obtiveram as suas DCE", disse a empresa mineira, na sua página na internet, referindo-se às 17 barragens que não obtiveram aquela declaração..Este documento é emitido por uma auditora que deve ser contratada pela própria empresa, neste caso a Vale..Porém, a confiabilidade do documento passou a ser questionada a partir da rutura de uma barragem em Brumadinho, ocorrida em 25 de janeiro, que causou a morte a mais de 200 pessoas. .A estrutura tinha uma declaração válida, emitida pela empresa alemã Tüv Süd, em setembro de 2018. .Nas investigações à rutura da barragem, o engenheiro responsável por assinar a declaração de estabilidade, Makoto Namba, afirmou ter-se sentido pressionado pela companhia para validar o documento..Desde então, a Vale tem sido foco de atenção das autoridades brasileiras. .Na sexta-feira, a justiça brasileira determinou o bloqueio de mil milhões de reais (230 milhões de euros) à Vale, para garantir a reparação de danos causados pela evacuação da zona onde está uma barragem que pode romper. ."A Vale informa sobre a decisão da 1.ª Vara Civil da Comarca de Nova Lima, proferida em 29 de março de 2019, num pedido proposto pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais, que determinou o bloqueio de recursos no montante de mil milhões de reais", disse a empresa, num comunicado aos investidores..A empresa explicou que a ação visa "resguardar a reparação de danos causados às pessoas atingidas pela evacuação da Zona de Auto Salvamento da barragem de Vargem Grande, assim como de potenciais danos às pessoas e ao meio ambiente em caso de rompimento".