Angola gastou 22,5 milhões no combate à Sida nos últimos dois anos - ONU

Luanda, 18 jun 2019 (Lusa) - Angola gastou perto de 25 milhões de dólares (22,5 milhões de euros) dos cerca de 30 milhões (26,7 milhões de euros) disponibilizados pelo Fundo Global (FG), nos últimos dois anos, para financiar projetos de combate ao VIH/SIDA no país, com 310.000 pessoas vivendo com a doença.
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Os dados sobre o balanço da subvenção VIH do Fundo Global 2016-2018, foram apresentados hoje pelo Fundo das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) durante um workshop promovido em parceria com o Instituto Nacional de Luta contra Sida (INLS) angolano.

Segundo a funcionária do PNUD, entre 1 de Julho de 2016 e 31 de Junho de 2018, o FG disponibilizou 29,9 milhões de dólares para o combate e tratamento ao HIV/SIDA e a maior parte do montante serviu para a compra de antirretrovirais, restando 4,3 milhões de dólares (3,8 milhões de euros).

O desempenho financeiro, gestão de compras de produtos de saúde, metas e resultados e o apoio institucional ao INLS são os pontos constantes do balanço apresentado no encontro, que decorreu, em Luanda, pela coordenadora do projeto PNUD/Fundo Global, Mamisoa Rangers.

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) anunciou hoje que dos cerca de 30 milhões de dólares disponibilizados pelo Fundo Global (FG) para o combate ao VIH/SIDA em Angola, entre 2016 e 2018, o país gastou apenas perto de 25 milhões de dólares.

No decurso da aquisição de antirretrovirais, explicou, registaram-se "poupanças na ordem de 4,3 milhões de dólares", justificada pela "redução das metas devido a altas taxas de abandono", cerca de 50%, verificada no país.

A "redução dos custos de antirretrovirais de primeira linha, fruto das parcerias entre o PNUD e fabricantes, e a atualização do Protocolo Nacional de Tratamento", em 2016, são apontadas igualmente como ações que originaram a referida poupança.

Já o Estado angolano, por intermédio do INLS, sublinhou, gastou 1,7 milhões de dólares na compra de antirretrovirais, 1,6 milhões de dólares com os testes rápidos e 403,1 mil dólares com a aquisição de reagentes de carga viral.

As autoridades angolanas anunciaram hoje que das cerca de 310.000 pessoas que vivem com VIH/SIDA no país, apenas 75.000 fazem o tratamento antirretroviral, manifestando-se preocupadas com a "elevada taxa de abandono de cerca de 50%".

Segundo o secretário de Estado para a Saúde Pública de Angola, José Vieira da Cunha, a taxa de prevalência de VIH/SIDA no país é de 2,0%, afirmando que "determinantes sociais e a crise económica impediram os progressos da expansão do diagnóstico e tratamento" da epidemia.

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