Em causa está a luta pelo aumento do subsídio de almoço e redução para as 35 horas de jornada de trabalho semanal.
Em causa está a luta pelo aumento do subsídio de almoço e redução para as 35 horas de jornada de trabalho semanal.FOTO: Paulo Spranger

Trabalhadores do Metro em greve às horas extra a partir desta sexta-feira. Empresa nega impacto no serviço

Esta paralisação vai durar 30 dias, sendo renovável por igual período, e poderá sentir-se no sábado na final da Liga dos Campeões de futebol feminino e nas festas populares.
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Os trabalhadores do Metro de Lisboa iniciam na sexta-feira uma greve às horas suplementares e eventos especiais e que terá impacto na final da Liga dos Campeões de futebol feminino, no sábado, e nos Santos Populares, segundo fonte sindical.

Em declarações à agência Lusa, Sara Gligó, da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans), adiantou que a greve ao trabalho suplementar e eventos especiais vai durar 30 dias, renovável por igual período.

Em causa está, segundo a sindicalista, a luta pelo aumento do subsídio de almoço e redução para as 35 horas de jornada de trabalho semanal.

A sindicalista defendeu que os trabalhadores “não servem só para os eventos especiais”, ao contrário da empresa, que “vive apenas para os eventos”.

“Em causa está o cumprimento do acordo de empresa e o acordo que a empresa fez connosco no final de dezembro para levantar uma greve similar relativamente ao pagamento do dinheiro que é devido aos trabalhadores desde sempre, portanto as variáveis remuneratórias [trabalho suplementar e feriados]”, disse.

De acordo com Sara Gligó, os trabalhadores exigem também a reposição imediata dos efetivos em falta, porque, “sucessivamente nos planos de atividades e orçamentos", a empresa vai pedindo trabalhadores, mas o Governo não concretiza nas áreas operacionais.

“A empresa tem cumprido as suas metas nas áreas de quadros superiores, mas nos operacionais nem por isso”, disse, adiantando que querem igualmente “a abertura imediata do regulamento de carreiras”.

Sara Gligó alertou para a possibilidade de esta greve ao trabalho suplementar vir a ter impacto já no próximo sábado na final da Liga dos Campeões de futebol feminino e nas Festas de Lisboa, que vão decorrer durante todo o mês de junho em Lisboa.

“A empresa tem falta de efetivos e por isso precisa de recorrer a trabalho suplementar. Possivelmente, teremos tempos de espera superiores e atrasos na manutenção das composições. Tudo depende da empresa. Os sindicatos estão sempre disponíveis para negociar”, disse.

Metro de Lisboa diz que não terá impacto no serviço

O Metropolitano de Lisboa já veio entretanto garantir que esta greve “não terá impacto no habitual serviço de transporte, admitindo reforçar a oferta.

“O Metropolitano de Lisboa esclarece que a greve convocada ao trabalho suplementar e eventos especiais, com início às 00h00 do dia 23 de maio de 2025 e duração de 30 dias, renovável por iguais períodos, não terá impacto no habitual serviço de transporte”, ressalva a empresa num comunicado.

“Para a realização da final da Liga dos Campeões feminina da UEFA, no próximo sábado, dia 24 de maio, o Metropolitano de Lisboa irá desenvolver todos os esforços para reforçar a oferta na sua rede, procurando ajustá-la à procura verificada, dentro dos limites técnicos e operacionais existentes”, refere a empresa.

Ainda relativamente a este evento, que se realiza no Estádio José de Alvalade, o Metropolitano de Lisboa recomendou que as deslocações para o recinto ocorram “de forma antecipada ao longo do dia, evitando períodos de maior concentração”.

Relativamente às festas dos Santos Populares, a empresa não referiu se irá também reforçar a oferta.

O Metropolitano de Lisboa opera diariamente com quatro linhas: Amarela (Rato-Odivelas), Verde (Telheiras-Cais do Sodré), Azul (Reboleira-Santa Apolónia) e Vermelha (Aeroporto-São Sebastião).

Normalmente, o metro funciona entre as 06:30 e a 01:00.

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