Juros de Portugal perto dos 9% e prémio de risco de Espanha em máximo de 2 meses

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Depois das tréguas dos últimos meses, os mercados estão novamente a colocar as suas miras em Portugal e em Espanha. A preocupação dos investidores está concentrada na crise na Grécia e na falta de acordo para a libertação de uma nova tranche de modo a permitir a Atenas evitar o incumprimento.

Como reflexo do aumento do risco, os juros da dívida portuguesa a dez anos seguem a subir pela quarta sessão consecutiva, para os 8,824%, o valor mais elevado em mês e meio. Em sentido contrário, as 'yields' a cinco ano recuam para os 7,826%, enquanto que a dois anos os juros seguem inalterados nos 6,052%.

O aumento do risco não se circunscreve apenas a Portugal e o prémio de risco de Espanha, diferencial entre as obrigações espanholas a 10 anos face às alemãs (que são a referência), segue a subir para os 463 pontos e com os juros da dívida a dez anos a negociarem nos 5,97%, o seu nível mais elevado desde o passado dia 6 de setembro.

O presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, e a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, mostraram hoje o seu desacordo quanto à data em que a Grécia deve ter a sua dívida nos 120% do Produto Interno Bruto.

Os ministros das Finanças da zona euro devem reunir-se novamente na quarta-feira em Bruxelas, onde vão tentar ultrapassar estes desacordos para desbloquear a ajuda financeira a Atenas, congelada desde junho.

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