"O ISP transmitiu que a inação do.acionista poderia determinar que o Instituto de Seguros de Portugal.iniciasse, num curto espaço de tempo, os procedimentos com vista à.revogação da autorização para o exercício da atividade.seguradora da Tranquilidade, se essa fosse a única forma de.salvaguardar os interesses dos seus tomadores de seguro, segurados e.beneficiários, pelo que entendia que, na ausência de indicação em.contrário dos acionistas, se impunha que a Comissão Executiva da.Tranquilidade realizasse as negociações que, no seu entender,.fossem necessárias para a alienação do seu capital social", afirmou José Almaça, presidente do ISP, na comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do Grupo Espírito Santo..José Almaça destacou que o ISP apenas soube do aumento da exposição das seguradoras ao grupo GES a 6 de junho.."A 6 de junho, em reunião com a.Administração da Tranquilidade o ISP tomou conhecimento da.existência de operações de financiamento à ESFG e subholdings,.num total de 150 milhões de euros, efetuadas em abril e maio que,.atentos aos valores envolvidos, seriam suscetíveis de comprometer as.garantias financeiras da Tranquilidade e da T-Vida", adiantou o presidente do ISP.."No mesmo dia, este Instituto solicitou.por carta a todas as empresas de seguros pertencentes ao GES/BES, a.exposição, direta e indireta, ao Grupo, e informação, previamente.à sua concretização, das operações intragrupo previstas para.realizar até ao final do mês de julho", acrescentou..O regulador soube detalhamente das operações mais tarde. "A Tranquilidade a 18 de junho, em.resposta sumária à carta do ISP, informou por email ter recentemente realizado operações.de financiamento ao GES, num total de 150 milhões de euros (85.milhões de euros de papel comercial da ESFIL; 50 milhões de euros.de papel comercial da ESFG; 15 milhões de euros de financiamento de.tesouraria à ESF Portugal) e ainda ter adquirido 10% do capital.social da ESAF", afirmou José Almaça. ."Os valores envolvidos nas operações.de financiamento comprometeram seriamente a situação de.representação das provisões técnicas -património especial que.garante os créditos emergentes dos contratos de seguro - da.Tranquilidade e da T-Vida", concluiu.