Rússia reivindica destruição de 'drones' aéreos e navais ucranianos

A Ucrânia utiliza regularmente 'drones' navais para atacar alvos russos, nomeadamente nas costas da Crimeia, a península ucraniana anexada pela Rússia em 2014.
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A Rússia reivindicou esta sexta-feira ter destruído oito 'drones' ucranianos nas regiões fronteiriças de Kursk e Belgorod, e um barco sem tripulação que se dirigia para a Crimeia.

"Durante uma patrulha de um helicóptero de aviação naval Ka-29 da Frota do Mar Negro, um barco não tripulado das Forças Armadas Ucranianas foi descoberto e destruído na parte noroeste do Mar Negro", disse o Ministério da Defesa russo.

O governador de Sebastopol, imposto pela Rússia, Mikhail Razvozhaev, anunciou nas primeiras horas da manhã nas redes sociais que o exército russo estava a "repelir um ataque de duas embarcações marítimas não tripuladas".

A Ucrânia utiliza regularmente 'drones' navais para atacar alvos russos, nomeadamente nas costas da Crimeia, a península ucraniana anexada pela Rússia em 2014.

As embarcações sem tripulação tornaram-se uma ameaça à superioridade naval russa e estão a forçar a Frota do Mar Negro a deslocar navios para portos mais distantes, segundo a agência espanhola EFE.

O ministério tinha dito na quarta-feira que impedira uma incursão na Crimeia de um grupo de desembarque das forças ucranianas que se dirigia para o Cabo Tarkhankut num barco militar de alta velocidade e em três 'jet skis', segundo a agência russa TASS.

Durante a noite, a defesa antiaérea russa abateu um 'drone' (aeronave telecomandada) em Kursk, uma região que faz fronteira com a Ucrânia, próximo de Sumi.

Seguiram-se três vagas de ataques ucranianos contra Belgorod, mais a sul, perto da região ucraniana de Kharkiv, onde um bombardeamento contra uma aldeia denunciado na quinta-feira por Kiev matou meia centena de civis.

Sem referir se algum aparelho não foi intercetado, o ministério russo precisou que as defesas antiaéreas abateram sete 'drones' sobre a região de Belgorod.

A capital de Belgorod, com o mesmo nome, fica a cerca de 160 quilómetros da aldeia bombardeada na véspera pela Rússia.

De acordo com uma atualização divulgada esta sexta-feira pelo chefe da Administração Militar Regional de Kharkiv, Oleg Siniegubov, 52 pessoas foram mortas no ataque de quinta-feira, depois de uma ter morrido no hospital.

Na madrugada de esta sexta-feira, a Rússia bombardeou dois bairros no centro da cidade de Kharkiv com mísseis Iskander, matando um rapaz de 10 anos e ferindo mais 13 pessoas, de acordo com o gabinete do procurador regional.

As informações divulgadas pelas duas partes sobre o curso da guerra não podem ser verificadas de imediato por fontes independentes.

A guerra iniciada pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022 provocou um número de baixas civis e militares ainda por determinar.

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