O Presidente russo, Vladimir Putin, defendeu que a Rússia é hoje tão invencível como foi durante a Segunda Guerra Mundial, durante um encontro com alunos para assinalar o início do novo ano letivo.."Compreendi porque é que ganhámos a Grande Guerra Patriótica: é impossível derrotar um povo com esse tipo de mentalidade", afirmou Putin, que estabelece regularmente paralelos entre a guerra contra a Alemanha nazi e a que desencadeou na Ucrânia.."Éramos absolutamente invencíveis e, hoje, continuamos a sê-lo", declarou, citado pela agência francesa AFP..O encontro de Putin com os adolescentes coincidiu com o arranque do novo ano letivo e com o início das "Conversas importantes", cursos de educação patriótica introduzidos pouco depois do início da ofensiva contra a Ucrânia..O Presidente russo relatou aos estudantes o conteúdo de cartas trocadas entre o pai, que combateu na frente, e o avô..Putin disse ter ficado impressionado com a determinação do avô, que depois de ter perdido a mulher, morta na guerra, ordenou ao filho: "Derrota esses bastardos!".."Estes são os nossos valores. Porque não cuidar deles? São a base da nossa existência, da nossa vida", disse Putin.."E hoje em dia, famílias como esta constituem a esmagadora maioria" da população da Federação Russa, acrescentou..Moscovo descreve a guerra contra o país vizinho como uma luta existencial, acusando o poder ucraniano de estar nas mãos de neonazis antirrussos ao serviço de um Ocidente determinado a destruir a Rússia..O ano letivo ficou também marcado pela introdução de um novo manual de História no ensino secundário com a versão de Putin sobre a invasão da Ucrânia por tropas russas em 24 de fevereiro de 2022..O manual inclui um mapa da Rússia com as regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, anexadas há um ano, embora o exército russo não as controle na totalidade..Putin descreve as quatro regiões e a Crimeia, anexada em 2014, como territórios historicamente russos que nunca deveriam ter feito parte da Ucrânia..O líder russo descreveu aos adolescentes as pessoas das "novas regiões" anexadas como "muito talentosas, trabalhadoras, enérgicas".."Ninguém está de mão estendida, todos estão prontos para trabalhar, só é preciso criar condições", referiu..Disse que "as pessoas nas novas regiões" veem o empenho da Rússia em proporcionar-lhes "coisas elementares que foram esquecidas pelas autoridades anteriores", numa referência à Ucrânia.."Só precisamos de recuperar o atraso, chegar ao nível médio russo. A culpa não é das pessoas que vivem nesses territórios", acrescentou, citado pela agência russa TASS.