Polícia italiana apreende bens da máfia calabresa avaliados em 250 milhões de euros

Cerca de 56 pessoas foram acusadas de extorsão, sequestro, corrupção e posse ilegal de armas.
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Uma grande operação da polícia italiana apreendeu cerca de 250 milhões de euros em bens da máfia de Calábria, a temida Ndrangheta, informaram esta quinta-feira fontes oficiais.

Cerca de 56 pessoas, a maioria presas por pertencerem à máfia, foram acusadas de extorsão, sequestro, corrupção e posse ilegal de armas, informou o Ministério Público italiano.

Cerca de 300 agentes participaram na operação, realizada numa área controlada pelo clã Mancuso, uma das famílias mais poderosas da máfia calabresa.

A operação foi realizada paralelamente ao julgamento de centenas de membros da Ndrangheta em curso desde 2021 e que já levou ao tribunal cerca de 355 pessoas, acusadas de crimes como homicídio, tráfico de drogas, extorsão, sequestro, lavagem de dinheiro e tráfico de influência.

Entre os interrogados está Luigi Mancuso, líder das chamadas "ndrinas", segundo a terminologia da organização, e chefe durante décadas na província de Vibo Valentia.

Construída em torno de laços familiares numa das regiões mais pobres da Itália, a Ndrangheta aprendeu a operar e a exercer seu poder e opressão em silêncio, sem cometer grandes crimes de sangue.

Subestimada durante décadas, tornou-se a principal importadora e distribuidora de cocaína na Europa, superando até mesmo a Cosa Nostra, a máfia siciliana.

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