A "caça durou muito tempo", comentou o secretário do Conselho de Segurança e Defesa Nacional da Ucrânia, Oleksiy Danilov. Em causa o derrube, por parte das defesas aéreas do país, de três caças-bombardeiros russos no sul do país. Do lado russo, apesar do discurso vitorioso de Vladimir Putin nos últimos dias, o The New York Times cita uma fonte que garante que o Kremlin está pronto a assinar uma trégua na condição de que as linhas da frente se mantenham como estão..Cerca do meio-dia local de sexta-feira, as forças ucranianas derrubaram três caças Su-34 na região sul do país, anunciou no o comandante da força aérea ucraniana, Mykola Olechchuk. Mais tarde, foi o próprio presidente ucraniano a elogiar o trabalho da defesa do seu país. "Estou grato aos nossos soldados que destruíram três aviões Sukhoi russos de uma só vez, no sul, na nossa região de Kherson", disse. "A nossa resposta a todos os assassinos russos deve ser dada a conhecer a todos os pilotos russos: nenhum deles ficará impune", prosseguiu Volodymyr Zelensky..De acordo com o oficial na reserva Andriy Kramarov, em declarações à Radio NV, os aviões terão sido alvejados por mísseis MIM-104 através do sistema de defesa aéreo Patriot. "Especialistas ocidentais dizem que este foi o décimo avião abatido pelo sistema Patriot. Gostaria de salientar que esta é a primeira vez que um avião, e não um míssil, é abatido pelo sistema Patriot numa zona de combate real, e é na nossa guerra que o sistema está a dar provas."."Agora podemos revelar um pequeno segredo: a caça durou muito tempo", disse Danilov ao falar sobre os aviões russos. Segundo o site Oryx, que monitoriza as perdas em combate na Ucrânia com base em fontes abertas, a Rússia tinha desde 24 de fevereiro de 2022 e antes desta notícia perdido 539 aeronaves, das quais 82 de combate, 22 das quais da família Su-34. Do lado ucraniano regista-se a perda de 325 aeronaves, dos quais 71 aviões de combate..Em contracorrente às recentes declarações do líder russo e dos seus próximos, os invasores estarão dispostos a negociar uma trégua. "Estão prontos para negociar um cessar-fogo", disse ao The New York Times um alto funcionário de um país não revelado que se reuniu com homólogos russos nos últimos meses. Há, porém, uma condição: "Querem ficar onde estão no campo de batalha.".Nas últimas declarações de Vladimir Putin, este reiterou não estar interessado em parar a "operação militar especial" enquanto não atingisse os objetivos propostos no início da invasão, até porque, afirmou, a iniciativa no terreno pertence agora ao seu exército - e é público que a Ucrânia está a debater-se com falta de munições e de armamento.